Por thiago.antunes

Rio - Foi aprovado, por volta das 18h50 desta terça-feira, o novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os professores. O texto recebeu 36 votos a favor e três contra dos vereadores. Dois deles, Marcelo Piuí (PHS) e Marcelo Queiroz (PP), não estiveram na sessão. Votaram contra César Maia e Carlos Caiado (DEM) e Tio Carlos, que está sem partido. Parte da oposição, composta por Eliomar Coelho, Jefferson Moura, Renato Cinco, Paulo Pinheiro (Psol), Reimont (PT), Brizola Neto (PDT), Veronica Costa (PR), Teresa Bergher (PSDB) e Márcio Garcia (PR), não votou. A redação final do texto foi aceita logo após. Com isso, o documento já pode ser encaminhado ao prefeito Eduardo Paes para sanção.

Jorge Braz (PMDB), membro da aliança governista comemorou o resultado. "Vou votar sempre sim. O que a oposição quis foi usar o momento político para ocupar uma lacuna para um poder futuro", afirmou o parlamentar. Ao fim da votação, Brizola Neto tentou agredir o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), mas foi contido pelos presentes.

Quando souberam do ocorrido, professores comemoraram a decisão. Policiais do Batalhão de Choque (BPChq), saíram do Teatro Municipal e, com bombas de gás e balas de borracha, percorreram a praça da Cinelândia de forma truculenta, agredindo ativistas e docentes que estavam no local. Muitos presentes correram em direção ao Aterro do Flamengo, onde PMs do Choque lançaram mais bombas e balas em direção aos ativistas.

Os vereadores da oposição afirmaram que vão recorrer da decisão indo ao Tribunal de Justiça e pedindo a anulação da votação. Os parlamentares entraram em um ônibus de viagem estacionado na Rua Evaristo da Veiga, que será escoltado por PMs. Nesta quarta-feira, membros do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, farão outro ato na Uerj contra a repressão policial e, nesta sexta-feira, outra assembleia para decidir os rumos da greve.

Plano só contempla parte da categoria, diz Sepe

O Sepe alega que o novo Plano atende apenas 7% da categoria, dos que trabalham mais de 40 horas por dia.  As medidas vão atingir 43 mil profissionais de educação ativos e inativos e terão impacto de R$ 3 bilhões em cinco anos. Neste período, o reajuste salarial dos professores poderá chegar até 60%, segundo a Prefeiura.

Os docentes afirmam que o documento não valoriza a formação dos professores, além de não prever a valorização dos profissionais por tempo de serviço.

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