Por bferreira

Rio - Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais do Rio (Sepe) resolveram apelar para deputados estaduais e tentar avançar nas negociações com a Prefeitura do Rio e o governo do estado. Parlamentares da base aliada ao governador Sérgio Cabral, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), defendem que é necessário haver entendimento no impasse da greve, até mesmo, antes da audiência de conciliação que acontece terça-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

O sindicato ainda não admite publicamente a tentativa de acordo, mas parlamentares da Alerj confirmam que há proposta em andamento. Procurado pela coluna, o Sepe se limitou a informar que acha importante receber apoio de deputados neste momento.

Ontem, também foram divulgados os nomes dos integrantes da coordenação geral do sindicato que vão ao Supremo: Alex Trentino, Gesa Linhares, Ivanete Conceição da Silva, Marta Moraes e Sandra Bertagnoni. A Prefeitura do Rio informou que a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, será a mediadora do Executivo. A titular da pasta preferiu não comentar o que deve ser discutido na audiência de conciliação.

Ainda sobre a tentativa de acordo no Poder Legislativo estadual, o entrave está na exigência de sair da greve para colocar em prática algumas sugestões, como envio até dezembro do novo Plano de Cargos e Salários dos servidores da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). Além de incluir o Sepe no grupo de trabalho que vai discutir a nova proposta.

Ontem, o sindicato se encontrou com responsáveis de alunos das escolas públicas. Foi estabelecida a criação de uma associação que possa acompanhar o dia a dia das unidades, na intenção de garantir um ensino de melhor qualidade para seus filhos.

Sepe vai manter pedidos no Supremo

A coordenadora do Sepe, Marta Moraes, declarou ontem que os coordenadores vão manter as reivindicações levantadas nos últimos dois meses de greve.

No âmbito municipal, o pedido principal é a retirada do plano de cargos e salários já aprovado na Câmara de Vereadores. Na rede estadual o Sepe quer: reajuste de 20%, melhores condições de trabalho, 30 horas semanais para funcionários, eleição de diretores nas escolas, fim do plano de metas e do projeto Certificação e a derrubada do veto do governador Sérgio Cabral ao artigo do Projeto de Lei 2.200, que garante uma matrícula de professor em uma escola.

Marta também informou que o Sepe vai pedir ao ministro do STF, Luiz Fux, que a Prefeitura do Rio retire todos os inquéritos administrativos abertos contra os servidores.

Sindicato quer evitar desconto de valores acima do teto

Enquanto professores estaduais e municipais brigam para ter aumento salarial, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) quer manter privilégios. A entidade entrou com mandado de segurança preventivo no Supremo Tribunal Federal com pedido de liminar para evitar desconto de valores recebidos acima do teto constitucional.

A medida foi protocolada questionando posição do TCU, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e da Comissão Diretora do Senado contra o pagamento de salários superiores ao teto. O relator é o ministro Dias Toffoli.

O Sindilegis reclama que Calheiros pretende cumprimento de imediato a decisão do TCU que determinou a regularização do pagamento, devolução de valores recebidos acima do teto.

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