Por thiago.antunes

Rio - A Procuradoria Geral do Município (PGM) prepara a representação de inconstitucionalidade da lei que pretende implementar câmeras de monitoramento nas escolas da rede pública. O projeto, que prevê dois equipamentos em cada unidade de ensino, foi aprovado na Câmara de Vereadores, mas vetado pelo prefeito Eduardo Paes.

No entanto, em agosto, os parlamentares derrubaram o veto e a lei foi para promulgação. Ontem, no Diário Oficial, foi publicada a informação de que a PGM prepara a representação para evitar a implantação da lei. Se ela efetivamente começar a valer, as câmeras teriam que ficar nas áreas de acesso e nas principais instalações internas dos colégios. As escolas situadas nas áreas onde foram constatados os mais altos índices de violência teriam prioridade na implantação dos equipamentos.

Massacre na Tasso da Silveira%2C em Realengo%2C motivou projeto de vereadoraSeverino Silva / Agência O Dia

A ideia do projeto é da vereadora Rosa Fernandes (PMDB). Na ocasião da proposta, ela alegou que o massacre da escola Tasso da Silveira, em Realengo, em 2011 era um dos motivos para a iniciativa. Na tragédia, 12 alunos foram executados. Entre profissionais e pais, a medida causa polêmica. “Sinto-me mais segura ao saber que meu filho está sendo monitorado”, afirmou Maria das Graças Siqueira, de 38 anos.

Marcelo Santana, professor da Língua Portuguesa da rede municipal, é contra a medida. “Não tem que ter câmera nenhuma, e sim profissional de segurança. Inspetores de alunos com vínculo na unidade, que vão ajudar na segurança e conhecem todos os estudantes naquela localidade”, afirmou.

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