Rio - A Secretaria Estadual de Educação anunciou as medidas que serão adotadas, caso a assembleia de hoje promovida pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) decida por manter a greve, que completa hoje 78 dias. Entre as alternativas estão a contratação de professores da própria rede para fazer hora-extra e de docentes temporários. A reunião será a partir das 14h, no Club Municipal, na Tijuca.
As secretarias estadual e municipal de Educação também estão definindo como será a reposição dos dias parados. No estado, a pasta informou em nota que “haverá aulas aos sábados e nos dias de semana após o horário normal. Se for necessário, haverá também aos domingos”.
Também em nota, a Prefeitura do Rio explicou que a reposição ocorrerá de duas formas: “a partir do plano de reposição de cada escola e recuperação emergencial de aprendizagem por meio de intensificação do reforço escolar para os mais prejudicados, leitura e dever de casa com material especificamente preparado para essa reposição, além de aulas da Educopédia”. Segundo o município, “poderão ser usados, além do contraturno, a semana prevista para o período de recesso do mês de dezembro de 2013, os sábados e os dias em que não estejam previstas atividades regulares nas unidades escolares, horários vagos na grade escolar e também janeiro de 2014”.
Caso a rede estadual permaneça em greve, o governo poderá descontar os dias parados e abrir processo disciplinar administrativo.
PLANO DE REPOSIÇÃO
O plano de reposição de aulas no estado prevê a contratação de professores com horas-extras. Também vai oferecer materiais de reforço, orientações pedagógicas com planos de estudos, oficinas, teleaulas, simulados, recursos digitais e aulas multidisciplinares.
ESCLARECIMENTO
A Secretaria Estadual de Educação esclareceu que não se comprometeu em reajustar salários. Destacou que já foi concedido aumento de 8% a todos os servidores da pasta e mais auxílio alimentação, que foi um benefício novo para o grupo.
ACORDO CUMPRIDO
A Secretaria Estadual de Educação também informou que espera que o Sepe cumpra o acordo firmado com o ministro Luiz Fux, no Supremo Tribunal Federal (STF). E que os professores grevistas voltem ao trabalho amanhã.
SEM AVANÇOS
A coordenação geral do Sepe se reuniu ontem à tarde para debater o acordo assinado com a prefeitura e o estado. Para Suzana Gutierrez, não houve avanços concretos no termo e caberá à categoria decidir, em assembleia, os rumos da paralisação.
CONSELHO DELIBERATIVO
A Regional I do Sepe (1ª Coordenadoria Regional de Educação do Rio e Zona Sul) promove hoje assembleia local da rede municipal, às 10h, no Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e Previdência (Sindsprev), localizado na Rua Joaquim Silva 98, Lapa.
OUTRA ASSEMBLEIA
Profissionais da rede municipal se reúnem amanhã, às 13 horas, na Tijuca. Assim como a Regional 1 do Sepe, outras divisões vão promover reuniões para avaliar o termo acordado no STF e levar a apreciação em assembleia.