Por tamyres.matos
Rio - Os reitores das universidades federais e o diretor-geral do Cefet do Rio propuseram, em reunião realizada nesta terça-feira, a federalização da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade). Eles assinaram um documento com a proposta, que será enviada ao Ministério da Educação.
“Essa é a melhor resposta que tivemos até agora, pois poderemos protocolar ao MEC a carta dos reitores das universidades federais do Rio de Janeiro, aumentando nossa força e legitimidade”, acentuou o diretor da UNE, Mateus Weber, que acompanha o processo em Brasília.
Alunos da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) se mobilizam contra fechamento das universidadesAlexandre Brum / Agência O Dia

Um grupo de estudantes das instituições realiza um protesto nesta terça para criticar o descredenciamento das duas univesidades. De acordo com os manifestantes, esta não é a solução adequada e eles se veem desamparados com a decisão do MEC. Cerca de 300 alunos fazem uma passeata que teve como ponto de concentração a Igreja da Candelária e seguiu pela Avenida Presidente Vargas pela pista sentido Praça da Bandeira.

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Leia abaixo a íntegra do documento:
Nós, reitores das universidades federais e o diretor-geral do Cefet do Rio de Janeiro, abaixo assinados, enfatizamos nossa preocupação com a qualidade da educação, bem como a responsabilidade do governo federal no credenciamento e acompanhamento das universidades, faculdades e cursos em funcionamento no país. Assim, apoiamos como solução a federalização da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade, ambos do Estado do Rio de Janeiro.
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Reconhecendo o grande avanço na educação nos últimos anos e a continuidade das ações positivas do atual governo, conclamamos a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para que considerem a nossa proposta de federalização, já que possuem todas as condições técnicas e políticas para a implementação da proposta para, com isso, atender aos anseios das forças sociais, políticas e estudantis.
Consideramos também que o caminho para a solução do problema, que atinge os membros da comunidade acadêmica (alunos, servidores docentes e técnico-administrativos), com forte impacto social, não seja uma simples redistribuição dos estudantes, tarefa que não é fácil e pode se mostrar inviável a curto e médio prazo, agravando a situação.
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Como educadores, entendemos que a e ducação não pode ser vista como um negócio, mas um investimento de longo prazo, cuja maior responsabilidade cabe aos governos. Neste sentido, reafirmamos a nossa disposição para colaborar com o processo de federalização, mantendo o compromisso com a educação de qualidade.
Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 2104