Por paulo.gomes
Rio - Quando fevereiro começa a bater à porta, é sinal de que as férias da criançada devem dar lugar à programação escolar. Para garantir um bom desempenho, especialistas recomendam que os pais planejem um local fixo para os estudos. Não precisa ser um ambiente inteiro, o próprio quarto infantil pode acomodar esse cantinho.
O primeiro passo é liberar espaço. Verifique se o seu filho usa todos os brinquedos e aproveite para doar alguns. Lembre-se de que as áreas devem ser setorizadas, ou seja, nada de misturar bonecos e carrinhos com canetas e lápis. Também evite a instalação de eletrônicos, como videogames e aparelhos de TV, no mesmo quarto pois podem tirar a atenção da criança.
Nichos e prateleiras ajudam a setorizar o ambiente para que brinquedos não invadam a área de estudos. Fixa%2C a cadeira garante segurançaDivulgação

Nichos, prateleiras, caixas, potes e armários planejados são peças-chave para garantir a tão sonhada organização. Assim, os pais conseguem aproveitar cada centímetro disponível e ainda possibilitar uma circulação mais fluida.

Para encaixar todos esses itens no novo projeto sem deixá-lo entulhado, Grafira Dias, decoradora e engenheira civil, sugere o uso medir o espaço e, em seguida, todos os seus componentes atuais. Dessa forma, é possível saber a metragem disponível para eventuais móveis que sejam necessários. “Use uma folha de papel quadriculado para especificar tudo e, então, escolher o que entra e o que sai”, diz a profissional.

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Estrela do ambiente
A bancada de estudos é um item fundamental no novo cantinho. Para crianças com menos de dez anos, o móvel deve ter no máximo 50 cm de altura. Dê preferência a peças reguláveis, já que na adolescência a medida ideal saltará para 78 cm. “Uma mesa com pinos nos pés permite fazer essa elevação com o passar do tempo”, comenta Grafira. A profundidade sugerida, de acordo com ela, é de 60 cm e a largura não pode ser menor do que 1 m, o que limitaria os movimentos dos braços. O material mais indicado é o MDF por ser uma superfície fácil de limpar. O vidro, por sua vez, deve ser evitado por questões de segurança.
A mesa de estudos com rodízios pode ser encaixada sob a prateleira instalada de ponta a ponta da parede. Projeto da arquiteta Danielle Cortez e da designer Natália MeyerDivulgação

Um gaveteiro é sempre bem-vindo para acomodar os materiais escolares. “Quando não há espaço para esse móvel, costumamos fazer mini gavetas da mesma espessura do tampo da bancada (cerca de 8 cm)”, diz a arquiteta Claudia Krakowiak Bitran, sócia de Ana Cristina Tavares no escritório KTA.

Quando for comprar a cadeira, o arquiteto e designer de interiores Gerson Dutra de Sá recomenda escolher um modelo com apoio de braços e regulagem de altura para o encosto. Evite opções com rodízios, o que poderia provocar quedas. Há opções estofadas e mais duras, em madeira ou acrílico. As duas últimas são indicadas para locais de pouca permanência, sendo que o acrílico é mais fácil de limpar e remover manchas de canetinha, por exemplo.

A área de estudos ganhou mesa%2C gaveteiro móvel%2C painel imantado e prateleira. Projeto de Claudia Krakowiak Bitran e Ana Cristina Tavares%2C do escritório KTADivulgação

Luz e cor

Ao escolher o posicionamento da bancada de estudos, dê preferência a um local perto da janela. “É uma ótima maneira de aproveitar a luz natural”, diz Gerson. Em relação ao projeto de iluminação, ele recomenda o uso de lâmpadas de LED em pontos estratégicos: sobre o tampo, perto dos nichos e das prateleiras e um central, para que possa distribuir a luz para as outras áreas. Luminárias de mesa também são bem-vindas. “Os destros precisam delas do lado esquerdo e os canhotos, do direito. Tudo isso para evitar sombras na hora de escrever”, alerta Ana Cristina, da KTA.

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E, lembre-se, as cores também influenciam na concentração e na harmonia do ambiente. Para Gerson, cinza, preto, vermelho e roxo podem tirar o foco e deixar a criança muito agitada. Ele sugere o uso de laranja, amarelo, branco e madeira clara.
As informações são de Juliana Duarte