Por paulo.gomes
Fachada do Fontana Di Successo%3A salas a partir de R%24 125 milDivulgação

Rio - A organização financeira e a análise do cenário econômico são passos fundamentais para quem pretende comprar um imóvel. E, embora as vendas estejam mais mornas, elas continuam acontecendo, já que as pessoas não deixam de casar ou precisam de mais espaço porque a família aumentou, sem contar aquelas que mudam de cidade e estado. De acordo com especialistas, com muita pesquisa e paciência, é possível identificar boa oportunidade.

“Controlar os gastos e definir o quanto será empregado na aquisição de um imóvel, levando sempre em conta a relação entre o que de fato cabe no bolso e as necessidades da família, são os primeiros passos para a compra da casa própria. Nunca comprometer mais do que 30% dos seus rendimentos familiares mensais com dívidas, incluindo aí a prestação da casa própria”, explica Roberto Vertamatti, diretor de Economia da Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Segundo ele, é preciso ainda analisar a modalidade de pagamento, seja por meio de financiamento bancário ou diretamente com a construtora ou consórcio, se serão utilizadas economias, recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou da venda de outro imóvel.

“É preciso ter sempre em mente que os juros continuam elevados”, ressalta o diretor. Além destas dicas, é importante responder algumas perguntas e anotar as especificações do tipo de imóvel desejado e despesas fixas para cada caso, como condomínio e IPTU.

Sócio-diretor do Portal Movia, Marcus Moraes complementa a importância de pesquisar o valor das unidades, de visitar os imóveis, de consultar vizinhos e de conhecer a média dos preços na região. “Não aceite a primeira oferta. Mesmo que esteja confortável com o valor anunciado, ofereça menos do que estão pedindo. Se isso não funcionar, pelo menos ainda terá margem para negociar”, sugere Moraes.

Unidade usada na compra de um novo

Para driblar o momento de crise, construtoras têm investido em campanhas oferecendo brindes, financiamento direto com a empresa — diante da dificuldade de conseguir crédito habitacional — e até imóvel como parte do pagamento.

É o caso da Rubi Engenharia no condomínio de casas Sunrise House Garden, já pronto para morar no Recreio dos Bandeirantes. Além do parcelamento em até 180 meses direto com a construtora, é possível ter o imóvel antigo avaliado em até 50% do valor para parte do pagamento.

“É uma forma de viabilizar a negociação e permitir que o cliente possa fazer um upgrade de moradia, com condições mais atraentes. O mercado imobiliário precisa se reinventar com alternativas para contornar o cenário atual de crise”, diz Ana Carolina Alvim, diretora da Rubi.

Negociação direta com dono

As oportunidades também incluem imóveis comerciais. A Mega 18 Construtora, por exemplo, criou a ação Fale com o Dono para o empresarial Fontana Di Successo, na Taquara. Alexandre Reznik, diretor da empresa, comenta que a ideia é que o comprador faça um bom negócio mesmo em tempos de crise. As salas são vendidas a partir de R$ 125 mil, com entrada de apenas 20% e o restante financiado direto com a construtora em até 20 vezes.

Quando o cliente receber as chaves da unidade, o financiamento estará quitado, sem o fantasma do saldo devedor. O polo comercial está sendo construído na Rua Mapendi, 910 e terá no total 358 salas e 14 lojas.

“A intenção é criar um polo gastronômico para atender frequentadores do edifício e moradores da região”, adianta Reznik.

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