Por bferreira

Rio - Doze das vinte crianças inscritas no mutirão de cirurgias do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) já foram operadas. A ação — para tratar pacientes que sofreram lesões em partos difíceis — começou na segunda-feira, como O DIA noticiou, e termina hoje.

Thamires foi operada e a mãe%2C Carla%2C comemorou o sucesso da cirurgiaReprodução

As crianças sofrem de complicações no plexo-braquial, região de nervos responsável pelo movimento e sensibilidade de ombro, cotovelo, pulso e mão. A operação é fundamental para devolver as funções do membro afetado.

Operada às 10h de ontem, Thamires Oliveira de Souza Dias, 9 anos, já acordou da anestesia sem dores. Emocionada, a mãe, Carla Oliveira, 31, comemora o sucesso do procedimento. “Eu estava apreensiva, mas sei que a operação vai dar qualidade de vida para minha filha”. Além de Thamires, Jamile Alves Santana, 1 ano, e Nicolas Oliveira da Silva, 9 meses, também foram operados e passam bem.

SÓ FISIOTERAPIA NÃO RESOLVE
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A lesão do plexo-braquial também atinge adultos, em especial os que sofrem acidentes de moto. De acordo com Pedro Bijos, chefe do Centro de Microcirurgia Reconstrutiva do Into, 90% dos pacientes maiores de idade com estas lesões pilotavam motos de baixa potência, sem carteira.
“Ao cair da moto, o paciente usa o braço para proteger a cabeça. Na hora do impacto, o braço puxa o corpo para um lado e a cabeça para outro, causando a lesão”, explica. Bijos diz, ainda, que realizar a cirurgia até um ano após o acidente é fundamental para garantir que os nervos se regenerem corretamente, tanto em crianças quanto em adultos. Segundo ele, apenas fazer fisioterapia não resolve o problema de forma definitiva.
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O Into é referência no tratamento destas lesões, e o único a realizar a operação gratuitamente no Rio de Janeiro. Hoje outras oito crianças deverão ser operadas no mutirão.
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