Por raphael.perucci

Seul (Coreia do Sul) - A Coreia do Norte propôs neste domingo através de um comunicado emitido pela agência do regime, "KCNA", iniciar "conversas de alto nível" com os EUA, poucos dias depois de se romper sua tentativa de negociação com a Coreia do Sul. "Propomos conversas de alto nível entre os Governos de Coreia do Norte e EUA para diminuir as tensões na península coreana e estabelecer a paz e a segurança em nível regional", detalhou um porta-voz da poderosa Comissão Nacional de Defesa norte-coreana em um comunicado divulgado pela "KCNA".

A oferta, catalogada por Pyongyang como um "assunto importante", aconteceu cinco dias depois que as duas Coreias cancelaram, por causa de diferenças a respeito da composição das representações de ambos os países, o que teria sido seu primeiro encontro de alto nível em seis anos.

Apesar do gesto de aproximação, Pyongyang também advertiu no texto que se Washington está interessado em aliviar tensões, "e em garantir a paz e a segurança na região, incluindo solo americano, não deveria falar de condições prévias para realizar conversas ou contatos".

A agenda do encontro poderia incluir questões como a redução da tensão militar na península coreana, ou a possibilidade de substituir o armistício com que a Guerra da Coreia (1950-1953) terminou por um tratado de paz, explicou o porta-voz norte-coreano no documento.

Pyongyang também acenou a Washington a possibilidade de escolher o lugar e o momento dessas conversas. "Todos os avanços dependem da escolha responsável dos Estados Unidos, que é quem piorou a situação na península coreana até o momento" O anúncio é a segunda oferta de Pyongyang para retornar à mesa de negociações - após a enviada a Seul no dia 6 de junho - em apenas duas semanas, depois que o regime fez em março e abril uma dura campanha de ameaças bélicas dirigidas contra EUA, Coreia do Sul e Japão.

Você pode gostar