Atenas (Grécia) - Os trabalhadores gregos foram convocados a uma greve geral nesta terça-feira pelas duas principais forças sindicais - a do setor público (ADEDY) e a do setor privado (GSEE) - contra a demissão de funcionários prevista pelo novo acordo com a troika. Durante a jornada de protesto, o transporte deverá ser amplamente afetado, já que as ferrovias não funcionarão e os controladores aéreos não trabalharão entre o meio-dia e as 16h locais.
Por conta desta paralisação, um total de 30 voos sofrerão atrasos e outros 11 foram cancelados, todos eles da companhia grega Olympic Air e com saídas de Atenas, informaram fontes do aeroporto da capital e de Aviação Civil.
No início da manhã, a polícia fechou três estações de metrô no centro de Atenas para dificultar o acesso dos manifestantes ao Parlamento, cujo plenário de hoje começará a debater a lei ônibus que inclui as demissões dos funcionários públicos.
Os jornalistas farão uma greve de meia-jornada, enquanto os médicos iniciaram nesta segunda-feira uma greve de 48 horas, nas quais só trabalharão em casos de urgência. Os funcionários municipais, que estão em greve desde a última semana, deverão seguir paralisados até amanhã.
Diversos serviços na capital grega, como o de coleta de lixo, não funcionam há vários, e o lixo acumulado já pode ser visto em diversas ruas. As últimas greves tiveram um seguimento muito díspar, tendo em vista que o setor público adere em uma escala maior que o privado, que costuma manter os comércios abertos.
O governo de Samaras negociou com a troika a demissão de 4 mil funcionários públicos para este ano e a passagem de 25 mil ao esquema de reserva laboral, pelo qual cobrarão 75% de seu salário durante 8 meses.
Se nesse período o mesmo não for realocado, será despedido em definitivo. Além da greve geral desta terça-feira, novas manifestações já estão convocadas para amanhã, dia em que a lei ônibus deverá ser votada.