Por bferreira

Rio - Cientistas alemães afirmam estarem próximos de criar um novo exame de sangue para diagnosticar o Mal de Alzheimer. Ainda não há um exame definitivo para a doença, e os médicos atualmente contam apenas com testes de cognição e exames de imagens do cérebro para identificar o problema. Um dos grandes desafios é identicar novas formas de conseguir um diagnóstico precoce.Com isso, espera-se que, no futuro, os tratamentos possam começar antes que grandes partes do cérebro sejam comprometidas.

A nova técnica, divulgada na revista especializada ‘Genome Biology’, apontou diferenças nos minúsculos fragmentos de material genético flutuando no sangue que poderiam ser usados para identificar pacientes com a doença. Até o momento, apenas 202 pessoas passaram por este exame, mas a precisão neste grupo foi de 93%.

A equipe da Universidade de Saarland, na Alemanha, analisou 140 microRNAs fragmentos de código genético em pacientes com Alzheimer e em pessoas saudáveis. Eles encontraram 12 microRNAs no sangue que estavam presentes em níveis diferentes nas pessoas que tinham Alzheimer. Estas amostras se transformaram na base do exame.

Eric Karran, de uma organização de caridade britânica especializada em Alzheimer, a Alzheimer Research UK, afirmou que o exame dos cientistas alemães pode representar uma nova abordagem para estudar as mudanças no sangue de pacientes com a doença. No entanto, mais pesquisas são necessárias.

ENTENDA

O Mal de Alzheimer não tem cura, mas há tratamento. A doença foi descrita pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. É a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos no Brasil. Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos; 6% aos 70; 30% aos 80 anos; e mais de 60% após os 90 anos.

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