Rio - O canto em coral tem sido um dos grandes aliados para melhorar a fala de pacientes com lábio leporino e fenda palatina no Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto, na Ilha do Governador. O projeto, promovido pela ONG Saúde Criança Ilha, está na segunda edição.
Segundo a fonoaudióloga Maria Célia Rendeiro, coordenadora terapêutica do Coral do Centro de Fissura Labiopalatal, o canto trabalha a respiração e o aquecimento vocal, além de promover a integração entre os pacientes. “Eles evoluíram bastante porque perderam a timidez”, explicou. O primeiro ensaio foi em julho.
A previsão é que o coral, que já tem oito inscritos, faça três apresentações até o fim do ano. Podem participar pacientes a partir dos 8 anos de idade.
A má formação do lábio superior, que também pode atingir o céu da boca, é causada por problemas durante a gestação e interfere no desenvolvimento da fala e na alimentação.
Ano passado, o primeiro do projeto, houve apresentação no Natal. “Deu certo, então estamos repetindo com uma duração maior”, explicou Fátima Brandão, fundadora da ONG e diretora do hospital. O projeto conta com o apoio da Smile Train, organização internacional de apoio ao tratamento da doença. O coral tem a regência de Márcia Guapyassu.