Por julia.amin

Cairo (Egito) - A presidência interina do Egito declarou estado de emergência nesta quarta-feira após as forças armadas invadirem acampamentos de manifestantes islamitas em todo o país. Até o momento, 278 morreram, sendo 235 civis e 43 policiais, e mais de 2 mil pessoas ficaram feridas, de acordo com informações do Ministério da Saúde.  Os acampamentos invadidos eram ocupados por partidários do presidente, Mohammed Mursi, deposto no dia 3 de julho.

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, anunciou que o estado de emergência durará um mês. Mansour encarregou as forças armadas, com a ajuda da polícia, de adotar as "medidas necessárias" perante a situação de confronto. Segundo uma fonte de segurança, 200 manifestantes já foram presos.

Em resposta à violenta repressão do governo e ao elevado número de mortos, o vice-presidente egípcio, Mohamed ElBaradei, renunciou ao cargo. "Ficou difícil para mim continuar a ter responsabilidade por decisões com as quais eu não concordo e cujas consequências eu temo. Não posso carregar a responsabilidade por um derramamento de sangue", escreveu em carta nesta quarta-feira.


Você pode gostar