Rússia - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em entrevista nesta sexta-feira que acredita que o ataque com armas químicas provocado pelo regime do presidente sírio Bashar Al Assad contra civis "não é apenas uma ameaça ao povo da Síria, mas sim, uma ameaça ao mundo inteiro". No incidente do dia 21 de agosto, mais de mil pessoas morreram, entre elas centenas de crianças.
Obama acrescentou que a relação que mantém com China e Rússia, países opositores, não será abalada, mesmo que ocorra intenvenção militar na Síria. "O ataque seria a curto prazo, com riscos controlados, diferente do que aconteceu no Iraque, deixando todos nós a salvo", assegurou.
O presidente americano reiterou que conversou com líderes da Europa, Ásia e Oriente Médio durante a convenção do G20 e afirmou que a maioria é a favor da intervenção militar. Já, o presidente da Rússsia, Vladimir Putin alega que apenas alguns países apoiam o ataque contra Síria. França e Reino Unido descartaram a ação militar sem a permissão da ONU. Obama fará um pronunciamento na próxima terça-feira para esclarer a situação na Síria.
O presidente norte-americano e Vladmir Putin se reuniram durante a convenção do G20, em São Peterburgo. O encontro teve a duração de 30 minutos e apesar das diferenças políticas, ambos consideram o diálogo produtivo.
Obama promete resposta sobre espionagem ao Brasil até quarta-feira, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira, que o presidente dos EUA, Barack Obama, se comprometeu a responder ao governo brasileiro sobre as denúncias de espionagem até a próxima quarta-feira. Segundo o twitter do Palácio do Planalto, Dilma disse que Obama assumiu responsabilidade "direta e pessoal" pela investigação das ações.
Segundo reportagem veiculada pela TV Globo, o programa de monitoramento da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, sigla em inglês) espionou emails, telefonemas e mensagens da presidente brasileira. As informações foram divulgadas com base em documentos fornecidos por Edward Snowden , ex-funcionário terceirizado da NSA.
As denúncias causaram mal-estar nas relações entre Brasil e EUA e comprometeram a relação bilateral, além de colocarem em dúvida a visita de Estado que Dilma deve fazer aos EUA em outubro. Nesta quinta-feira, Dilma cancelou o envio a Washington da equipe formada por funcionários da Presidência, responsável por preparar a visita. A presidente afirmou, nesta sexta, que a realização da visita depende de condições políticas a serem criadas por Obama.
Em meio às denúncias, Dilma e Obama se reuniram em São Petersburgo à margem da cúpula do G20 na quinta-feira. Nenhum detalhe foi divulgado pelo governo dos EUA, mas, anteriormente, Ben Rhodes, vice-assessor de segurança para comunicações estratégicas da presidência americana, havia dito que Obama buscaria no encontro "que os brasileiros tenham um melhor entendimento sobre o que fazemos e o que não fazemos, para entender melhor suas preocupações".
A presidente acrescentou que vai propor à ONU uma nova governança contra a invasão de privacidade.