Vaticano - Promovida pelo Papa Francisco, a vigília de oração para pedir a paz na Síria aconteceu ontem na praça de São Pedro do Vaticano e reuniu cerca de 100 mil pessoas. O objetivo da vigília era pedir consciência sobre o compromisso de evitar uma guerra no país árabe. Em seu pronunciamento, o papa fez um pedido pelo fim da guerra. “Que termine o som das armas”, exclamou. O papa fez também um apelo aos líderes mundiais, pedindo que retirassem a humanidade de uma “espiral de sofrimento e morte”.
O papa chegou a pé ao lado de fora da Basílica de São Pedro acompanhado pelo cardeal Angelo Comastri, arcipreste de São Pedro e vigário da Cidade do Vaticano. Em um altar montado no exterior da basílica, Francisco rezou o rosário após a colocação da imagem de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’, muito querida pelos romanos, que foi levada nos ombros de quatro guardas suíços ao som da Ave Maria.
Os fiéis — em sua maioria romanos e outros italianos, que vieram a bordo de ônibus de diversos pontos do país — acompanharam a vigília na Praça de São Pedro. Também marcou presença uma delegação islâmica da comunidade do Mundo Árabe na Itália — com seu presidente, Foad Aodi, à frente. Aodi disse aos jornalistas que “para eles, o Papa Francisco é um ídolo e que seria bom para o mundo islâmico ter um guia assim”.
Deputados, senadores, políticos, membros do corpo diplomático credenciado na Santa Sé e representantes de diversas instituições italianas também participaram da iniciativa. A cerimônia era aberta a todos: católicos, ateus e fiéis de outras religiões.
As palavras do pontífice foram muito aplaudidas por quem participou da vigília. Ao término da homilia, foi celebrada a Adoracão Eucarística e, após uma longa meditação, cinco casais vindos da Síria, Egito, Israel, Estados Unidos e Rússia fizeram a oferta de incenso em um braseiro colocado no palanque à direita do altar, enquanto soava o órgão.
Estados Unidos buscam aval
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ontem aos congressistas americanos “que não continuem com os olhos vendados” ante o suposto uso de armas químicas pelo regime
de Bashar al-Assad e que avaliem um ataque militar americano contra a Síria.
“Não se pode continuar com os olhos vendados ante as imagens que temos visto na Síria”, disse o presidente em sua mensagem semanal via rádio e internet.
Em Vilna, na Lituânia, Catherine Ashton, chefe da diplomacia da União Europeia, disse ontem, depois de uma reunião de chanceleres, que os países europeus querem uma “resposta clara e forte” aos ataques químicos na Síria. A Alemanha também pediu uma reação internacional forte.
