Por thiago.antunes

Rio - A tecnologia será a grande aliada de vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Rio de Janeiro. Pacientes com o problema, atendidos em unidades da rede estadual, terão exames analisados pelos especialistas do Instituto do Cérebro. O procedimento será feito via teleconferência, e tem o objetivo de prescrever o melhor tratamento em curto espaço de tempo para evitar sequelas.

De acordo com a subsecretária de Unidades Próprias, Ana Neves, o clínico que receber o paciente vai fazer a tomografia, entrar em contato com a equipe do instituto através da telemedicina e apresentar o caso. “O neurologista vai dizer se há indicação do medicamento trombolítico. O objetivo é não perder o tempo de eficácia do remédio”, explica.

Instituto do Cérebro%3A equipe da unidade dará consultoria na rede estadualDivulgação

A trombólise é um procedimento que dissolve o coágulo do vaso sanguíneo e diminui as chances de o paciente de AVC ficar com sequelas. O trombolítico só pode ser aplicado até quatro horas após o início dos sintomas. Por isso, os hospitais estaduais farão a administração do medicamento nos pacientes com indicação.

Com a aplicação do trombolítico, o paciente, então, será transferido para o instituto para que a evolução do caso seja monitorada pela equipe de neurologistas. O primeiro hospital a receber a estrutura para as teleconferências será o Albert Schweitzer, em Realengo, e a previsão é de que o serviço comece a funcionar no primeiro semestre de 2014. “Vamos expandir para os demais hospitais estaduais”, disse Ana.

O projeto começou no Hospital Estadual Getulio Vargas, na Penha. Desde outubro de 2010, oito neurologistas atuam 24h para os casos de AVC isquêmico. A equipe já realizou cerca de 120 trombólises com índice de 95% de sucesso.

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