Por juliana.stefanelli

Londres (Reino Unido) - Quase um quarto dos homens de uma parte da Ásia admitem ter estuprado pelo menos uma mulher, revela um relatório da Oragnização das Nações Unidas. A pesquisa foi finaciada por agências da Grã-betanha, Nações Unidas, Austrália, Noruega e Suécia e publicada nesta terça-feira na revista Lancet Global Health. O resultado do estudo se deu após 10.000 homens de Bangladesh, China, Indonésia, Camboja, Sri Lanka e Papua Nova Guiné serem entrevistados. Os resultados alarmantes mostram que enquanto a maioria das agressões sexuais ocorrem dentro de um relacionamento, um em cada dez homens confessaram forçar uma mulher a fazer zexo fora do casamento.

Embora a pesquisa não represente toda a Ásia, ainda é uma das mais completas. "É claro que a violência contra as mulheres é muito mais comum na população em geral do que pensávamos", disse Rachel Jewkes do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, que liderou o estudo. Mesmo não estando incluída na pesquisa da ONU, a Índia vêm apresentando uma série de casos de estupros recentes que tem abalado o páis, provocando indignações generalizadas, bem como mudanças na lei.

Ainda mais chocante, estima-se que 75% dos homens que disseram ter cometido o ato por "direito sexual". A Dr. Ema, uma das autoras do relatório, disse que eles acreditam que têm o direito de ter relações sexuais com uma mulher, independente do consentimento delas. Outra motivação para realização dos crimes, é o estupro como forma de punição por estarem com raiva da vítima, ou até mesmo como forma de lazer.

Em Papua Nova Guinné, o índice foi ainda mais assustador, pois, seis em cada dez homens assumem violar uma mulher. Enquanto que em Bangladesh, o número cai de um para dez homens. Apenas cerca da metade dos homens entrevistados para a pesquisa disseram se sentir culpados pelos crimes, e só 23% chegaram a ser presos pelos estupros.

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