Aleppo e Genebra - Enquanto a comunidade internacional tenta um desfecho diplomático para a crise na Síria, um bombardeio atingiu nesta quinta-feira um hospital na cidade de Aleppo, no país árabe, matando 11 civis, entre eles dois médicos. Opositores ao governo acusam as forças leais ao presidente Bashar al-Assad pelo ataque, que foi numa região controlada por rebeldes.
A ONU recebeu hoje documentos do governo da Síria a respeito da entrada do país na convenção antiarmas químicas. A adesão é uma das condições propostas por um plano da Rússia, aliada da Síria, para evitar um ataque militar dos EUA ao país árabe. O governo americano quer bombardear alvos sírios como resposta ao ataque com armas químicas do dia 21, em que morreram 1,4 mil civis. Os EUA acusam Assad pelo crime. Com a adesão à convenção, a Síria entregará ao controle da comunidade internacional seu arsenal químico, que será destruído.
Sobre o bombardeio ao hospital, o governo sírio não deu declarações. A agência estatal de notícias Sana informou apenas que o exército matou, em Aleppo, 14 ‘terroristas’, como são chamados pela presidência os seus opositores.
EUA não aceitam prazo da Síria
Assad disse nesta quinta-feira que só entrega seu arsenal químico em 30 dias. O secretário de Estado americano, John Kerry, rejeitou a ideia. Numa reunião em Genebra com o chanceler russo, Sergei Lavrov, Kerry afirmou que busca solução diplomática, mas que, se Assad não se desfizer logo das bombas químicas, os EUA vão insistir no plano de bombardeio à Síria. Assad reagiu: disse não agir sob pressão americana e que só está negociando a pedido da Rússia.