Por paulo.gomes

Lampedusa (Itália) - Mergulhadores italianos buscavam nesta sexta-feira corpos presos nos destroços do barco lotado de imigrantes africanos que afundou em frente à costa da Sicília, matando estimadas 300 pessoas, em um dos piores desastres decorrentes da crise de imigração vivida pela Europa há décadas.

Equipes de resgate tentam achar sobreviventes após naufrágio na ItáliaEfe

Equipes de resgate recuperaram 111 corpos até o momento e esperam encontrar mais do que uma centena de outros nos destroços da embarcação a 40 metros de profundidade no mar, a menos de 1 quilômetro da costa da ilha de Lampedusa, no sul da Itália.

Após 115 sobreviventes serem resgatados na quinta-feira, o mar agitado deve dificultar os esforço de resgate e não há expectativas realistas de se encontrar mais algum sobrevivente entre as estimadas 500 pessoas que estavam a bordo.

"Duas lanchas continuaram na área ao longo da noite e nesta manhã mergulhadores recomeçaram o trabalho, mas nós esperamos recuperar mais de cem corpos de dentro do barco", disse a oficial da guarda costeira Floriana Segreto à Reuters.

O barco, transportando em maior parte passageiros vindos da Eritreia e Somália, afundou nas primeiras horas de quinta-feira, depois que o combustível pegou fogo a bordo, fazendo com que as pessoas em pânico se aglomerassem em um lado do barco e causando o afundamento.

A Itália declarou um dia de luto nesta sexta-feira, e escolas farão um minuto de silêncio em memória das vítimas, mortas um dia depois de outras 13 pessoas terem se afogado em um incidente separado também em frente à costa da Sicília.

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