Lima - O pedido do ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori (1990-2000), de cumprir o restante de sua pena em prisão domiciliar será revisado em uma audiência no dia 25 de outubro, conforme foi divulgado nesta sexta-feira. O advogado Carlos Rivera, defensor legal dos familiares de 25 pessoas assassinadas em massacres durante o governo de Fujimori, informou no Twitter que o juiz Segundo Morales Parraguez convocou uma audiência para ouvir os relatórios sobre o pedido do ex-presidente, segundo a agência oficial "Andina".
Fujimori foi sentenciado em 2009 a 25 anos de prisão por violações dos direitos humanos, além de penas menores por crimes de corrupção. No final de setembro, a promotoria se pronunciou contrária ao pedido de Fujimori, de 75 anos, pois a legislação peruana não permite que um réu condenado cumpra sua pena fora da prisão. Segundo Rivera, o juiz Morales "deve declarar como improcedente a prisão domiciliar por ser ilegal".
O advogado de Fujimori, William Castillo, informou no dia 10 de setembro que tinha apresentado uma solicitação, assinada pelo ex-presidente em 9 de agosto, à Corte Suprema de Justiça, para mudar o local de prisão do réu por motivos de saúde e para economizar dinheiro do erário.
Em junho, o presidente Ollanta Humala rejeitou o pedido de indulto humanitário feito pelos quatro filhos de Fujimori em outubro de 2012, ao seguir as recomendações da Comissão Presidencial de Indultos que avaliou o caso. A comissão assinalou que Fujimori não apresentava uma doença terminal, nem transtornos mentais graves.