Por joyce.caetano

Washington - A Casa Branca anunciou que uma reunião marcada entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e líderes do Congresso foi adiada para que os líderes do Senado tivessem mais tempo para resolver um impasse em relação à elevação do teto da dívida e a paralisação parcial do governo.

A reunião de Obama estava agendada para a tarde desta segunda na Casa Branca com líderes democratas e republicanos na Câmara dos Representantes e no Senado. Um novo dia e um novo horário para a reunião não foram anunciados.

O adiamento ocorre enquanto todos os lados estão expressando otimismo sobre um acordo para colocar fim à paralisação de duas semanas do governo e evitar um potencial calote na dívida americana. O último encontro de Obama com líderes do Congresso aconteceu em 2 de outubro.

O fracasso do Congresso para aprovar uma medida que financiaria o governo temporariamente levou a uma paralisação parcial em 1º de outubro, a primeira em 17 anos. Se o Congresso não aprovar uma medida separada para elevar o teto da dívida - capacidade do Tesouro norte-americano para tomar recursos emprestados - o governo Obama afirma que há risco de calote. As duas medidas, geralmente aprovadas de forma rotineira no Congresso, foram alvo de disputas por causa da reforma de saúde de Obama e do orçamento.

Durante visita a um centro de caridade em Washington, Obama mencionou o possível progresso no Senado e disse que uma reunião ao final da tarde determinaria se ele era real. "Houve algum progresso por parte do Senado, com republicanos reconhecendo que não é lógico, não é inteligente, não é bom para o povo americano um calote", disse.

Por outro lado, ele alertou que a ameaça do calote era legítima. "Se não começarmos a fazer progresso de verdade tanto na Câmara quanto no Senado, e se os republicanos não estiverem dispostos a deixar de lado algumas de suas preocupações partidárias para fazer o que é certo para o país, temos uma boa chance de calote", disse.

Nesta segunda-feira, um grupo bipartidário liderado pela senadora republicana Susan Collins se encontrou por duas horas para elaborar uma possível solução para o impasse. "Estamos fazendo um bom progresso, mas ainda há vários detalhes para serem trabalhados", disse Susan.

Ainda não estava claro se um acordo no Senado, dominado por democratas, seria aprovado na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, embora os senadores democratas estivessem apostando que um calote iminente poderia pressionar os parlamentares.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, advertiu sobre uma "enorme turbulência" à economia global se o limite de endividamento dos EUA, que será atingido na quinta-feira, não for elevado. "Estaremos sob o risco de cair, novamente, em recessão", afirmou Lagarde em entrevista veiculada pelo programa "Meet the Press", da NBC.

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