Por joyce.caetano

México - O líder budista tibetano dalai lama Tenzin Gyatso, que está visitando o México, espera se reunir em breve com o papa Francisco, apesar de acreditar que já deve ter o conhecido em alguma das ocasiões em que esteve na Argentina.

"Espero vê-lo logo, talvez no próximo ano", disse dalai lama em entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal local "Reforma". A viagem do líder pelo México terminará na quarta-feira na cidade de Zacatecas.

Perguntado sobre o que achava de Francisco, dalai lama, de 78 anos, disse que sabia pouco sobre o pontífice e não se estendeu na resposta. No entanto, mostrou-se interessado em se encontrar com Francisco. Esta é a quarta visita do líder tibetano ao México, porém, desta vez, ele não será recebido por funcionários do governo federal.

Segundo ele, sua viajem não tem o objetivo de "promover os assuntos do Tibete". "É algo mais simples. Queremos compartilhar nossas experiências comuns, como elas podem nos dar um estado de paz mental e como controlar a ira, o apego e o medo", explicou.

Às milhares de vítimas da violência no país, o 14º dalai lama pediu "confiança em si mesmo" e "coragem" para "enfrentar os fatos e ter uma visão de longo prazo". "Um evento triste te desmoraliza e desmotiva. Esse é o verdadeiro perigo. Não devem se sentir assim porque isto acarreta mais problemas e situações tristes", refletiu.

O prêmio Nobel da Paz de 1989 lembrou o ocorrido no Tibete e como enfrentou a situação. Em um primeiro momento, como dirigente político e, desde que saiu dessa função, em 2011, como líder espiritual.

"Nesses 70 anos houve muitas dificuldades, mas nunca perdi a esperança nem a fé. Quanto maior é o desafio, maior deve ser o entusiasmo", afirmou. Atualmente, o dalai lama defende sua separação das questões políticas e da luta para que o Tibete desenvolva a plena democracia. Além disso, sustenta que a base de sua vida é "a preservação da cultura tibetana e dos valores humanos".

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