Por bferreira

Rio - N Dia Mundial da Alimentação, ontem, a ONU alertou o mundo sobre o desperdício de alimentos, enquanto 842 milhões de pessoas passam fome. Cerca de um terço da comida produzida no planeta — 1,3 bilhão de toneladas por ano — vai para o lixo, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). “Com um quarto disso poderíamos alimentar os milhões de famintos”, disse Robert van Otterdijk, especialista em Agricultura da FAO.

Ainda segundo a organização, uma em cada quatro crianças no mundo com menos de 5 anos está abaixo do peso ideal: são 165 milhões que nunca alcançarão o máximo do seu potencial físico e cognitivo.

O Papa Francisco qualificou de “escândalo” a existência ainda hoje da fome e da desnutrição, e criticou “o consumismo, o esbanjamento e o desperdício de alimentos” em mensagem ao diretor da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva. Francisco ressaltou que é “necessário educar para a solidariedade”.

BRASIL SUPEROU META

“Nós podemos vencer a luta contra a fome”, declarou José Graziano em Roma, na sede da FAO. Segundo ele, 62 de 128 países monitorados pela agência alcançaram a meta de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade o número de famintos, com base nos níveis de 1990, demonstrando que o objetivo seria exequível em 2015. No Brasil, a quantidade de pessoas que enfrentam a fome caiu em quase 10 milhões em 20 anos. Entre 1992 e 2013, o número foi reduzido de 22,8 milhões de pessoas para 13,6 milhões. Segundo a FAO, a redução no Brasil superou a marca de 54%. Em 1990, 15% da população passava fome. Hoje, esta taxa caiu para 6,9%.

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