Por joyce.caetano

Berlim - O governo alemão obteve informação de que os Estados Unidos podem ter monitorado o telefone celular e3 Angela Merkel. Ada chanceler telefonou nesta quarta-feira para o presidente norte-americano, Barack Obama, para pedir esclarecimento imediato, disse um porta-voz do governo alemão.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que Obama garantiu a Merkel que os EUA não estavam monitorando as comunicações da chanceler. No entanto, a declaração contundente feita pelo porta-voz de Merkel sugeriu que a Alemanha não estava totalmente satisfeita. Ele exigiu um esclarecimento "imediato e abrangente" das práticas de vigilância dos EUA.

"Ela (Merkel) deixou claro que considera essas práticas, se verdadeiras, totalmente inaceitáveis ??e condena de forma inequívoca", dizia a declaração. "Entre amigos e parceiros próximos, como Alemanha e EUA têm sido ao longo de décadas, não deve haver tal monitoramento das comunicações de um líder de governo. Isso seria uma grave quebra de confiança. Tais práticas devem ser imediatamente interrompidas."

A notícia foi divulgada depois que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, enfrentou, em Roma, novos questionamentos sobre a espionagem em massa de aliados europeus, com base em revelações de Edward Snowden, o ex-agente de inteligência norte-americano asilado na Rússia.

O presidente francês, François Hollande, está pressionando para que a questão da espionagem dos EUA seja colocada na agenda de um fórum de líderes europeus que começa na quinta-feira. O jornal francês Le Monde informou no início desta semana que a Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) havia recolhido dezenas de milhares de registros telefônicos de franceses.

Há apenas quatro meses, Obama defendeu as táticas antiterrorismo dos EUA em uma visita a Berlim. Ele disse em uma entrevista coletiva com Merkel que os Estados Unidos não estavam espionando cidadãos comuns. Revelações antes dessa viagem, sobre um programa secreto norte-americano de vigilância da Internet chamado Prism, causaram indignação na Alemanha.

Você pode gostar