Por bferreira
Rio - Nova vacina contra coqueluche — que permitirá a imunização de mulheres grávidas, por não causar reações pós-vacinais — será oferecida na rede pública de Saúde a partir de 2014. Produzida pelo Instituto Butantan (São Paulo), ela deverá diminuir a transmissão da doença a recém-nascidos. Bebês só devem tomar a primeira dose aos 2 meses, mas o novo produto, ao proteger a gestante, faz com que a criança já nasça com os anticorpos.
A versão já existente da anticoqueluche — oferecida nos postos de saúde para crianças e em clínicas privadas para todas as idades — é contraindicada para grávidas. Até sete milhões de mulheres serão beneficiadas com a nova versão, produzida com transferência de tecnologia do laboratório GlaxoSmithKline.
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“A preocupação em vacinar a gestante se dá por dois motivos: não passar a doença para o filho após ele nascer, e transferir anticorpos ao bebê através da placenta”, esclareceu Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações. Ela ressalta que as mães são responsáveis pela transmissão em até 50% dos casos.
A coqueluche é uma doença infecciosa, transmitida pelo contato direto de um doente com uma outra pessoa que não tenha recebido imunização.
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RISCO DE MORTE PARA BEBÊS
Em bebês, a coqueluche começa a manifestar-se com quadro de tosse e febre, evoluindo para a insuficiência respiratória. “São surtos de tosse incontroláveis. Quanto mais novo o paciente for, maior o risco de não resistir”, explicou a pediatra Flávia
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Em adultos, os sintomas podem se resumir a tosse contínua, e o paciente acaba sendo tratado como se tivesse alguma outra doença, sem grande prejuízo. O perigo é o de o portador da doença transmiti-la para crianças, que mais sofrem com a doença por terem resistência menor.