Por fernanda.magalhaes

Rússia - Um dia após terem sido presas e libertadas, as ativistas da banda punk Pussy Riot foram espancadas com chicotes quando começavam uma performance de protesto na cidade de Sochi, na Rússia, a cerca de 30 km de onde acontecem os Jogos Olímpicos de Inverno.

Os seis integrantes da banda (cinco mulheres e um homem) vestiam roupas coloridas e máscaras e são acompanhados por jornalistas e curiosos. Assim que a performance começa, homens da milícia cossaca, que ajuda na segurança em Sochi durante os jogos, chegam ao local agredindo os manifestantes com golpes de chicote e jatos de spray de pimenta.

Nadejda Tolokonnikova, uma das líderes da banda, chega a ser jogada no chão. Eles também puxam o cabelo de outra integrante e socam um fotógrafo. Outro manifestante foi jogado no chão e ficou com o rosto sangrando.

A polícia chegou minutos depois. Ninguém foi preso.

Presas por suspeita de roubo

Nesta terça-feira, duas integrantes da banda punk, Maria Alyokhina e Nadejda Tolokonnikova, foram presas por suspeita de roubo, mas liberadas em seguida porque nenhuma acusação foi apresentada. Outras 13 pessoas, incluindo o fotógrafo Yevgeny Feldman e ativistas de uma organização ambiental também foram detidos.

Uma oração punk

A banda Pussy Riot é um grupo de punk rock feminista russo que encena performances com provocações políticas. Em 2012, elas ficaram conhecidas em todo o mundo após subirem ao altar da Catedral de Cristo Salvador, local sagrado para a igreja ortodoxa russa, e fazerem uma performance de protesto. O episódio rendeu um longo período na prisão a três integrantes da banda e um julgamento tumultuado.

As ativistas tiveram apoio de estrelas da música, como Paul McCartney e Madonna. A epopeia das meninas punks da Rússia foi contada no documentário "Pussy Riot a Punk Prayer" ("Pussy Riot uma oração punk"), exibido no Brasil pela HBO.

Você pode gostar