Por bferreira

Vaticano - Um grande acampamento global, com cantos, danças e saudações em diversas línguas, de padres, seminaristas e turistas fiéis de várias parte do mundo. Assim foi o sábado na Praça São Pedro, no Vaticano, que deve receber hoje até 3 milhões de pessoas, segundo autoridades locais, para a cerimônia sem precedentes onde os papas João Paulo II e João XXIII serão canonizados com a presença de outros dois pontífices: o Papa Francisco, e o emérito Bento XVI. O evento, que será realizado do lado de fora da Basílica de São Pedro e terá telões espalhados em Roma, começará às 10h locais (5h de Brasília).

“Viemos celebrar João Paulo II, que inaugurou a pedra fundamental do nosso seminário, e pedir-lhe ajuda na evangelização, especialmente na China”, disse um seminarista da Costa Rica. Ele estava num dos grupos que chamaram atenção e foram aplaudidos na praça, estendendo mantas para piqueniques e tocando violão.

O repertório incluiu clássicos como ‘La Bamba’ e ‘O Sole Mio’. “Para nós, é muito importante estarmos na canonização de João Paulo II. Nós o amávamos”, firmou o conterrâneo polonês Andrzej Michalski, parte de um grupo que foi de bicicleta da Polônia até Roma, pedalando durante 21 dias para percorrer 2.200 quilômetros.

Se 800 mil peregrinos devem chegar à capital italiana até a hora da cerimônia, foram confirmadas as presenças de 19 chefes de Estado, 24 primeiros-ministros e 23 ministros de diversos países, segundo o governo italiano.

Ontem à noite, os fiéis começaram a celebrar os novos santos com a Noite Branca de oração. Diversas igrejas em Roma ficarão abertas para rezas e confissões. Após a canonização, a Basílica de São Pedro ficará aberta até a madrugada de amanhã, e os peregrinos poderão visitar o túmulo dos dois papas, no subsolo da igreja.

A cerimônia de canonização será nos moldes de uma missa simples e sem extravagâncias, de acordo com o Vaticano. O Papa Francisco chegará à praça em procissão, e diante dos gigantes retratos dos dois papas na fachada da Basílica fará missa solene com cinco prelados. Entre eles estarão o bispo de Bergamo (cidade natal de João XXIII), Francesco Beschi, e o ex-secretário do papa João Paulo II e arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz.

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