Rio - Hábito pouco saudável faz parte da rotina diária de 16,5% dos brasileiros: trocar almoço e jantar por lanchinhos nada nutritivos. Além disso, cerca de 30% não dispensam uma carne gordurosa. Apesar deste comportamento, pela primeira vez em oito anos a taxa de obesos no país parou de crescer. Os dados são do Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.
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Segundo o levantamento, o brasileiro substitui a refeição por pizzas, sanduíches ou salgados. E o hábito é mais comum entre elas: quase 20% das mulheres fazem a troca, contra 12,6% dos homens. Em relação ao sobrepeso e à obesidade, após aumentos consecutivos desde 2006, os níveis se mantiveram estáveis em 2013. Metade (50,8%) dos brasileiros está acima do peso ideal e, destes, 17,5% são obesos. Em 2012, as taxas foram, respectivamente, 51% e 17,4%. O Rio de Janeiro é a segunda cidade com maior percentual de obesos (20,7%), atrás apenas de Cuiabá (22,4%).
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ainda é preciso observar a sequência de resultados dos resultados dos próximos anos para afirmar se há uma estabilização do crescimento da obesidade e do sobrepeso. “O aumento do consumo de hortaliças e da atividade física são fatores determinantes para uma sociedade mais saudável”, aponta.
O consumo recomendado de frutas e hortaliças registrou aumento de 18% em oito anos. Atualmente, 19,3% dos homens e 27,3% das mulheres comem as cinco porções por dia de frutas e hortaliças recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2006, os índices eram de 15,8% e 23,7%, respectivamente.
Número de fumantes cai
A parcela da população brasileira acima de 18 anos que fuma caiu 28% no mesmo período. O Vigitel 2013 registrou que fração de 11,3% da população brasileira é tabagista, enquanto em 2006 o índice era de 15,7%. A frequência maior permanece entre os homens (14,4%) do que em mulheres (8,6%). Ainda segundo o levantamento, caiu a taxa de pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia: de 4,6%, em 2006, para 3,4% em 2013. Chioro disse, ontem, que a regulamentação da lei de ambientes livres de fumo poderá ser feita ainda este ano. Sancionada há mais de dois anos a norma ainda não saiu do papel.