Por bferreira

São Paulo - A paralisação inesperada de parte de rodoviários de São Paulo, ontem à tarde, provocou engarrafamentos recordes na capital paulista e transtornos para os trabalhadores na volta para casa. O movimento foi classificado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) como ação de guerrilha. À noite, vários coletivos foram incendiados.

A paralisação de centenas de ônibus provocou congestionamento de 261 quilômteor sàs 19h, recorde no ano. Segundo a prefeitura, 15 terminais foram fechados e ao menos 230 mil pessoas, afetadas. Motoristas e cobradores que promoveram o ato protestam contra a proposta de reajuste salarial aceita pela maioria dos rodoviários em assembleia na segunda-feira. Mais cedo, professores municipais em greve fizeram passeata, bloqueando a Avenida Paulista.

Haddad criticou a greve surpresa de dissidentes rodoviários.“É uma guerrilha inadmissível na cidade de São Paulo. Como você entra no ônibus e manda o passageiro descer? Coloca o ônibus na transversal e joga a chave fora”, afirmou o prefeito à Band. “É um absurdo, como um sindicato fecha o acordo e uma minoria age na cidade desta maneira?”.

A CET chegou a suspender o rodízio de carros e a PUC-SP, as aulas. Mais de 280 linhas foram afetadas, o que representa cerca de 20% do total de linhas que circulam na capital (cerca de 1.300). Segundo a SP Trans, foram fechados os terminais Bandeira, Princesa Isabel, Amaral Gurgel, Parque Dom Pedro e Mercado (centro), Pinheiros, Lapa, Barra Funda, Butantã (zona oeste), Casa Verde, Pirituba, Santana, Cachoeirinha (zona norte), Varginha e Sacomã (zona sul).

O trânsito no Centro complicou ainda mais com a manifestação de professores em greve. Por volta das 16h, centenas de professores, portando faixas e cartazes por reajuste salarial, bloquearam totalmente a Rua da Consolação. Em seguida, iniciaram uma caminhada em direção à sede da prefeitura, no Viaduto do Chá.

Às 17h55, os manifestantes chegaram ao Centro, liberando a Rua da Consolação para o trânsito. No horário, o Viaduto do Chá foi bloqueado, próximo à Rua Líbero Badaró, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Por volta das 18h30, o ato foi encerrado e a via, liberada para o trânsito.

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