Por felipe.martins

Uttar Pradesh, Índia - O elefante Raju comoveu nesta segunda-feira o mundo, quando foram divulgadas imagens dele derramando lágrimas de emoção ao ser solto após 50 anos aprisionado na Índia. O animal foi resgatado sexta-feira, em ação conjunta da ONG britânica Wildlife SOS e da polícia local. O paquiderme vivia acorrentado pelas patas e era usado pelo dono para pedir dinheiro.

Dez veterinários, vinte guardas florestais e seis policiais foram envolvidos no resgate. “A equipe ficou abismada de ver as lágrimas rolarem durante o resgate. Foi absurdamente emocionante. Nós sentimos que ele percebeu que seria liberado”, contou a porta-voz da ONG, Pooja Binepal, em entrevista ao jornal britânico ‘Daily Mail’. “Elefantes não são só imponentes, mas também muito inteligentes. Só podemos imaginar o que meio século de tortura fez com ele”, afirmou.

Raju%2C que tinha feridas nas patas por causa das correntes%2C derramou lágrimas ao ver a equipe de resgate chegar. Ele também passava fome Reprodução

Segundo Pooja, o elefante nunca tinha vivido sem correntes. A Wildlife SOS soube da existência de Raju um ano atrás, e tentou obter a guarda dele na Justiça. O processo foi atrasado porque o dono do elefante não tinha nenhuma documentação. “O Raju deve ter sido capturado quando era filhote e foi vendido de mão em mão”, relatou Pooja.

“Quando o localizamos, em julho de 2013, suas condições eram patéticas. Ele não tinha abrigo à noite e era usado para pedir dinheiro a turistas. Ele não era alimentado adequadamente, então os turistas lhe davam doces. Devido ao seu estado de fome e exaustão, começou a comer as embalagens de papel e plástico”.

Assim que recebeu a autorização judicial, a equipe fez a operação de resgate. O elefante estava muito ferido, sobretudo na região das patas, que ficavam acorrentadas. “Queremos ensiná-lo que os humanos não são símbolos só de dor e brutalidade, mas vai demorar. Quando estiver pronto, vai começar a conviver com outros dois elefantes, Rajesh e Bhola, que também sofreram crueldades”, explicou.

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