Por clarissa.sardenberg

Gaza/Jerusalém - Os combates entre o Exército de Israel e o Hamas foram retomados nesta sexta-feira poucas horas depois da entrada em vigor de um cessar-fogo humanitário de 72 horas. Segundo um hospital perto da cidade de Rafah, a artilharia israelense, no sul da Faixa de Gaza, matou pelo menos 40 pessoas. Israel acusou o Hamas e outros grupos militantes palestinos de violarem a trégua mediada pelos Estados Unidos e a ONU, mas não deu detalhes, enquanto a mídia israelense noticiava que militantes armados tinham disparado contra soldados de Israel na área de Rafah.

Palestina ferida em fogo cruzado entre Israel e Hamas chega a hospital em RafahReuters

A acusação israelense aconteceu durante um encontro entre o enviado especial da ONU no Oriente Médio, Robert Serry e o coordenador para as Atividades nos Territórios palestinos ocupados (COGAT), o general Yoav Mordechai, para discutir o reatamento do fogo entre Hamas e Israel em Gaza.

Fontes palestinas denunciaram que pelo menos três pessoas morreram em bombardeios de carros de combate e aviões, enquanto o Exército israelense assegurou que pelo menos oito foguetes e morteiros foram disparados por milícias palestinas em direção à Israel.

De acordo com informações, ainda não confirmadas, o Hamas teria matado soldados israelenses e negado os corpos a Israel. O país agora tenta recuperar seus mortos.

Palestinos observam bomba não detonada lançada pelas forças israelenses no centro da Faixa de GazaReuters

Segundo um comunicado divulgado pelo COGAT, Serry e Mordechai debateram sobre os ataques ocorridos nesta sexta-feira desde que entrou em vigor às 08h (02h de Brasília) a trégua humanitária anunciada depois de o próprio Serry receber a confirmação tanto de Israel como do Hamas do compromisso de aderirem à cessação de hostilidades.

De acordo com a nota, "Israel anuncia que desta maneira o Hamas terminou o cessar-fogo humanitário e evitou que os residentes de Gaza se beneficiem dele". E o documento advertiu, "Israel tomará fortes medidas em resposta à agressão do Hamas e outras facções terroristas na Faixa de Gaza".

Desde o começo da pausa humanitária, fontes palestinas alertaram que pelo menos 35 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas em bombardeios e ataques de artilharia israelenses sobre a cidade de Rafah, no sul da faixa. O exército israelense, por sua vez, garantiu que pelo menos oito foguetes e morteiros foram disparados por milícias palestinas de Gaza à Israel e comunicou o possível sequestro de um de seus soldados em operação em Gaza, nas imediações da área de Rafah.


*Com informações da EFE e Reuters

Você pode gostar