Por bferreira

Estados Unidos - Há exatos 13 anos, o mundo inteiro foi aterrorizado pelos ataques dos terroristas da rede Al-Qaeda às Torres Gêmeas, em Nova York, e ao Pentágono, na capital norte-americana, Washington. Não à toa o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez no fim da noite de ontem pronunciamento na TV sobre os planos do país para derrotar a nova grande ameaça mundial, o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Obama disse aos americanos que não hesitará em atacar os militantes do EI na Síria e que não permitirá a eles “nenhum porto seguro”. Ele afirmou que irá manter a estratégia de bombardear alvos do EI no Iraque e disse que a campanha aérea também irá se estender até a Síria: “Não haverá lugar seguro para os terroristas. Iremos destruir o EI onde quer que estejam”.

O presidente americano também quer o apoio do Congresso para armar e treinar grupos rebeldes que lutam contra o regime do ditador sírio Bashar al Assad para que enfrentem os jihadistas do EI.

Obama afirmou que os Estados Unidos não podem "contar com a ajuda de Assad para enfrentar esta ameaça", e que o ditador "tem o sangue de seu próprio povo nas mãos".

“Eu tenho deixado claro que vamos caçar terroristas que ameaçam o nosso país onde quer que estejam”, afirmou o presidente.

Coalizão de 40 países vai lutar contra o terror

Algumas horas antes do pronunciamento em cadeia nacional do presidente Obama, o secretário de Estado americano, John Kerry, desembarcou em Bagdá, Iraque. A missão de Kerry é começar a ‘costurar’ coalizão internacional de 40 países contra os terroristas do Estado Islâmico. “Nossa coalizão global vai eliminar a ameaça no Iraque, na região e no mundo. Os Estados Unidos e o mundo não ficarão olhando enquanto os jihadistas propagam a maldade”, afirmou ele, que irá a outros países da região, como a Arábia Saudita.

Enquanto Kerry visitava Bagdá, três carros-bomba explodiram, com minutos de intervalo, num bairro xiita no leste da cidade. Nove pessoas morreram e 29 ficaram feridas. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos se reuniu com o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi.

O Estado Islâmico já controla grandes partes do norte do Iraque e do leste da Síria. O grupo radical declarou a criação de um califado nos territórios ocupados e executou vários prisioneiros, entre eles dois jornalistas americanos, que foram decapitados e cujas mortes foram exibidas em vídeo na internet.

Austríacas iam se unir a extremistas

Na Áustria, a polícia interceptou duas adolescentes muçulmanas, de 14 e 15 anos, de Viena, que pretendiam viajar para a Síria para tornarem-se terroristas do Estado Islâmicos. </MC>Segundo o jornal ‘Kronen Zeitung’, as estudantes se conheceram pela internet. Uma delas chegou a dizer que daria “apoio ao “Estado Islâmico onde quer que fosse”.

A mãe de uma das jovens procurou a polícia e os agentes a encontraram na casa de uma amiga em Graz.
O porta-voz da polícia disse que foi aberta uma investigação para determinar como as meninas foram influenciadas, se pela internet ou por pessoas presentes na Áustria. As duas jovens austríacas aparentemente pretendiam voar para a Turquia e depois cruzar a fronteira para a Síria.

O mesmo caminho seria seguido por uma adolescente francesa, de 15 anos, há duas semanas. Ela foi presa no aeroporto de Nice quando se preparava para embarcar.

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