Rio - O método de impressão 3D tem se difundido rapidamente no mundo. Da indústria automobilística às joalherias, diversas empresas utilizam a tecnologia. Na Medicina não poderia ser diferente. Consultórios dentários do Rio, por exemplo, já começam a se aproveitar deste tipo de aparelho para acelerar o atendimento a pacientes que necessitam de próteses.
Para ‘imprimir’ um dente, bastam três aparelhos, afirma o dentista Ronaldo Figueira, um dos 30 profissionais com a tecnologia na cidade. Com uma câmera intraoral, o paciente tem sua arcada dentária filmada. Os dados são armazenados num computador que, por sua vez, transmite as informações para uma fresadora, máquina que desgasta um bloco de porcelana no formato da prótese.
Segundo Figueira, o método é mais rápido que o convencional, feito a partir de molde de gesso. “Entre sentar e levantar da cadeira, o cliente fica uma hora no consultório e sai com um dente novo. Já no procedimento normal, o gesso precisa ser enviado a laboratório, que demora de 10 a 20 dias para entregar a prótese, o que obriga o paciente a fazer duas consultas e permanecer certo período com um implante provisório”, diz o dentista.
O médico também garante que a impressão 3D produz resultados melhores, pois a digitalização do dente impede erros no formato final da prótese. “Já fizemos o mesmo dente pelos dois métodos e o resultado da fresadora é superior. Ela tem adaptação perfeita aos dados transmitidos”, aponta. O preço é salgado, ainda: um dente sai a R$ 2 mil, enquanto uma unidade feita pelo procedimento convencional custa em torno de R$ 700.
Com 70 x 40 cm, a fresadora custa R$ 300 mil aos dentistas interessados em tê-la em seus consultórios. Além disso, os profissionais precisam de treinamento para estarem aptos a operar o equipamento. “O fabricante exige curso de duas semanas”, conta Figueira, que já produziu cerca de 50 dentes através da nova tecnologia.