Por bferreira

Vaticano - O Papa Francisco enviou esta semana um “administrador católico” para Liguria, norte da Itália, para investigar mais um suposto escândalo sexual envolvendo religiosos. Desta vez, as denúncias dão conta de que jovens padres postaram fotos nus em sites gays e também assediaram fiéis na diocese de Albenga-Imperia. Um dos jornais que publicaram as informações foi o italiano ‘La Repubblica’.

A médica Luisa Bonello, que escreveu carta a Francisco em fevereiro, foi uma das fiéis que denunciaram a situação. Ela cometeu suicídio no mês passado. Há, ainda, relatos de que padres viveriam com parceiros e também suspeitas de desvios de verbas.

VISTA GROSSA

A diocese é coordenada há cerca de 25 anos pelo conservador Dom Mario Oliveri, 70 anos. De acordo com o periódico ‘Il Secolo XIX’, o bispo deve ser substituído nos próximos dias. Oliveri não foi acusado de quaisquer desvios, mas seria suspeito de fazer vista grossa ao comportamento inadequado de religiosos.

Um deles, o padre Luciano Massaferro, foi condenado a oito anos de prisão após ser declarado culpado de abusar sexualmente de um coroinha. Ele havia sido defendido pelo bispo.

Ao ‘La Repubblica’, Oliveri se negou a dar explicações: “Eu não quero falar sobre isso. Este não é o momento certo”, afirmou. A Santa Sé também não quis fazer comentários sobre a investigação, mas informou que divulgará um comunicado ao final do trabalho.

Em julho, o arcebispo Jozef Wesolowski, antigo núncio do Vaticano para a República Dominicana, foi destituído após ser considerado culpado por abuso sexual pela Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Ele está em prisão domiciliar, enquanto aguarda o resultado de processo penal.

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