Por tamara.coimbra
Coreia do Norte - A Coreia do Norte proibiu que qualquer pessoa se chame Kim Jong-un, um nome relativamente comum no país, para destacar a personalidade única do "líder supremo", revelou nesta quarta-feira a agência de notícias sul-coreana Yonhap. A proibição foi emitida há 3 anos — um ano antes de que o ditador assumisse o poder no lugar do pai, Kim Jong-il.
Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-unReuters

O regime totalitário, caracterizado pelo extremo culto à personalidade dos líderes da dinastia Kim, exigiu que todos os cidadãos que se chamam "Kim Jong-un" mudem de nome "voluntariamente", segundo o decreto. O governo também proibiu que os pais registrassem seus filhos recém-nascidos com o nome Jong-un, inclusive se o sobrenome não é Kim, segundo a agência sul-coreana.

Há décadas, os norte-coreanos também não podem se chamar "Kim Jong-il" e "Kim Il-sung", este último fundador do país e avô do atual líder. O sobrenome Kim é o mais comum entre os coreanos, com mais de 20%, tanto em cidadãos do Norte como do Sul.
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Além disso, o nome Jong-un é relativamente frequente, tanto para homens como para mulheres, nas duas Coreias e foi especialmente popular entre os nascidos em meados da década de 1980. Com isso, estima-se que vários norte-coreanos tiveram que mudar de nome depois que o decreto entrou em vigor há três anos. Curiosamente, na Coreia do Sul, o nome "Jong-un" é mais frequente em mulheres do que em homens.