Por clarissa.sardenberg
Palestina - O movimento islamita Hamas comemorou nesta quarta-feira a decisão do Tribunal Geral da União Europeia (UE) de anular as medidas que mantinham o grupo na lista de organizações terroristas do bloco. "Tirar o Hamas da lista negra do terrorismo é uma vitória para nosso povo palestino e para qualquer um que apoie o direito de nosso povo à resistência", afirmou o veterano líder do movimento, Moussa Abu Marzuq, em um comunicado divulgado após o anúncio da decisão.
A inclusão na lista representa o congelamento dos bens de pessoas e entidades em território da UE. Segundo a sentença, o tribunal considerou que a inclusão "não se baseia em atos examinados e confirmados em decisões das autoridades competentes", mas em "acusações da imprensa e Internet". No entanto, os efeitos das medidas serão mantidas durante três meses de maneira cautelar para "garantir a eficácia de qualquer possível congelamento de fundos no futuro".
Comemoração do Hamas%2C em Gaza%2C em agosto deste ano Reuters
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou nesta quarta-feira a decisão do Tribunal Geral da União Europeia (UE), pedindo uma nova inclusão "imediata" do grupo na relação. "Não estamos satisfeitos com a explicação de que a retirada do Hamas da lista de organizações terroristas corresponde apenas a uma questão técnica", afirmou Netanyahu em comunicado divulgado pelo gabinete do governo. "

"O Hamas pede para aqueles que o incluíram na lista que corrijam suas posições porque isto sempre foi injusto. Fazemos um chamado aos que consideram nossa resistência armada contra a ocupação como terrorismo para que corrijam suas posturas e detenham a injustiça contra o povo que luta por sua liberdade", afirmou Marzuq. A UE incluiu o Hamas na lista de organizações terroristas criadas em 2001 após os atentados de 11 de setembro.