Por bferreira
Paquistão - A pena de morte para terroristas no Paquistão, que estava suspensa desde 2008, foi reativada ontem, um dia após a matança de 141 pessoas numa escola, entre elas 132 crianças e adolescentes.
O atentado de talibãs contra a Escola Pública do Exército em Peshawar, noroeste paquistanês, foi o mais violento da História do país.
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O anúncio sobre a retomada da pena capital foi feito pelo primeiro-ministro Nawaz Sharif. Os corpos das vítimas começaram a ser enterrados ontem. O país amanheceu com bandeiras a meio mastro e escolas fechadas. Vigílias à luz de velas e orações nas mesquitas ocorreram em várias cidades.
No Paquistão, as condenações à morte são relativamente frequentes, mas por pressão internacional as penas deixaram de ser aplicadas em 2008. Segundo a Anistia Internacional, mais de oito mil pessoas estão no corredor da morte no país, sendo 10% por terrorismo. Além disso, 17 mil casos de terror aguardam julgamento em tribunais.
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O ataque foi descrito pelo premiê como uma “tragédia nacional” e condenado por todos os líderes mundiais, até mesmo pelos talibãs do Afeganistão.
Os terroristas invadiram a escola para se vingar de militares, já que a maioria dos alunos é filha de integrantes das Forças Armadas. A barbárie durou mais de oito horas. Os sete extremistas foram mortos por agentes de segurança.
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