Por paulo.lima
Egito - O exército do Egito anunciou neste domingo a morte de 14 supostos terroristas na Península do Sinai em operações realizadas nos últimos três dias, e com isso o número de vítimas fatais na última semana chegou a 40. Segundo um comunicado do exército, os supostos terroristas foram abatidos em tiroteios quando os suspeitos vigiavam os movimentos dos militares ou tentavam invadir postos de controle.
Além disso, neste período foram detidas 45 pessoas, cinco delas já procuradas pelas forças de segurança. Nas operações, os militares destruíram 15 veículos e oito motos aquáticas que, segundo o comunicado, eram utilizadas para realizar ataques terroristas contra as Forças Armadas e a polícia.
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As forças de segurança também localizaram cinco esconderijos dos terroristas e uma plantação de bango (produto similar à maconha e muito usado no Egito por seu preço reduzido) de cerca de dois hectares e meio. O comunicado informou, além disso, que as forças de segurança apreenderam quatro toneladas de bango.
Desde a queda do regime de Hosni Mubarak (1981-2011), a Península do Sinai se transformou em um foco de instabilidade e cenário de ataques contra policiais e gasodutos, atos de contrabando e sequestros. Desde o dia 13 de dezembro, o Ministério da Defesa anunciou a morte de 40 supostos terroristas no Sinai, região onde as autoridades decretaram estado de emergência em outubro, após um atentado no qual 31 soldados morreram.
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Os ataques contra membros da polícia e do exército se intensificaram nesta região do nordeste egípcio após a destituição em um golpe militar, em 3 de julho de 2013, do então presidente islamita Mohammed Mursi. Muitos dos ataques foram reivindicados pelo grupo Ansar Beit al Maqdis, que mudou seu nome no mês passado para Wilayat Sina (província do Sinai), após jurar lealdade ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).