Por paulo.lima
Líbia - Pelo menos nove pessoas, incluindo cinco estrangeiros, foram mortos nesta terça-feira em ataque de homens armados contra o Hotel Corinthia, em Trípoli, na Líbia. Em seguida, eles entraram no hotel e se explodiram, de acordo com informações do porta-voz da segurança líbia, Issam Al Naas, que desconhecia a nacionalidade dos cinco estrangeiros, mortos a tiro pelos autores do ataque, reivindicado pelo movimento extremista Estado Islâmico (EI).
Três terroristas explodiram um carro-bomba na porta do hotel e invadiram o prédioReuters

 No atentado  os extremistas primeiro explodiram um carro-bomba e, em seguida, cercados por agentes de segurança no 24º andar do prédio, detonaram cintos carregados de explosivos.

Entre as vítimas fatais estavam cinco hóspedes estrangeiros, três guardas e uma outra pessoa, que havia sido feita refém. Não foi divulgado o número de radicais mortos. O Corinthia Hotel é muito utilizado por diplomatas estrangeiros e integrantes do governo local. Em comunicado no Twitter, o braço do EI em Trípoli reivindicou a responsabilidade pelo ataque, segundo o grupo de monitoramento de inteligência Site. A Líbia está mergulhada no caos, com dois governos e parlamentos lutando por legitimidade e controle quatro anos após a queda do ex-líder Muammar Gaddafi.
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Trípoli está sob comando de um grupo chamado Aurora Líbia, que tomou a metrópole em agosto, expulsando uma força rival, reinstaurou a legislatura anterior e forçou o governo internacionalmente reconhecido a se refugiar e atuar no leste do país. O Estado Islâmico tem redutos em partes da Síria e do Iraque. Coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos vem bombardeando alvos do grupo.
Grupo quer mulher-bomba livre
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Num áudio divulgado ontem pelo EI na internet, o japonês Kenji Goto diz que tem “apenas mais 24 horas para viver”. E condiciona as vidas dele e do piloto jordaniano Mu’adh al-Kasasbeh à libertação da mulher-bomba iraquiana Sajida Rishwai, presa por atentado frustrado a hotel de Amã, na Jordânia, em 2005.
“Sou eu por ela. Qualquer atraso só nos verá ser mortos. A decisão é da Jordânia”, diz Goto em inglês e com imagem congelada. O Japão tenta verificar a autenticidade da mensagem, assim como a de outra, que anunciou domingo a execução de outro refém japonês, Haruna Yakawa. Originalmente, o EI pedira US$ 200 milhões ao governo japonês por Goto e Yakawa.
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