Por victor.duarte

Itália - O comandante Francesco Schettino, ex-capitão do navio Costa Concordia, que naufragou em 2012 na Itália, foi considerado culpado por homicídio. Segundo o tribunal italiano, Francesco, que abandonou o navio afundando mesmo com centenas de passageiros em pânico aguardando resgate, foi condenado a 16 anos de prisão.

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O ex-capitão, único acusado deste processo, pronunciou uma alegação final espontânea, na qual não conseguiu conter as lágrimas. "Quero dizer, talvez não fui compreendido, que em 13 de janeiro do 2012 uma parte de mim também morreu. Desde 16 de janeiro, foi oferecida minha cabeça com a equivocada convicção de salvar interesses econômicos", afirmou visivelmente emocionado.

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Schettino disse que é difícil definir como "vida" o que está vivendo e se dirigiu aos meios de comunicação que, segundo ele, "caíram na armadilha -apesar de nem todos- e distorceram a realidade dos fatos". "Vivi em um circo midiático, é difícil definir como vida o que eu estou vivendo. A realidade foi distorcida, alterada em substância e forma. Foi oferecida uma imagem de mim ao público que não é real", criticou.

"Foi dito que não tive sensibilidade por não ter pedido perdão às vítimas, e também isto não corresponde com arealidade. A dor não tem por que ser exibida, não fiz porque a dor demonstrada pode ser instrumentalizado". O Costa Concordia naufragou na noite de 13 de janeiro de 2012 quando o cruzeiro, no qual viajavam 4.229 pessoas, encalhou diante da ilha toscana de Giglio (centro da Itália). No fato, 32 pessoas morreram e 64 ficaram feridas.

Com informações da EFE

O navio Costa Concordia afundou parcialmente depois de bater contra rochas na costa da ilha de GiglioEfe


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