Por clarissa.sardenberg

França - O diretor da Agência Investigativa da Aviação da França, Remi Jouty, confirmou que investigadores recuperaram parte do áudio gravado na caixa-preta do avião da Germanwings que caiu na terça-feira nos alpes franceses com 150 pessoas a bordo. Mas disse que os técnicos ainda não podem tirar conclusões.

O jornal americano ‘The New York Times’ divulgou, no entanto, em seu site da internet, informação atribuída a “um militar enolvido na investigação” que as conversas indicariam que um dos pilotos deixou a cabine e não conseguiu voltar. Segundo o jornal, o militar afirmou que a caixa-preta registrou o piloto batendo com força na porta e chamando o outro comandante, sem obter nenhuma resposta.

A caixa encontrada é a que registra o áudio na cabine. Falta achar o chip da que tem os dados de 25 horas de voo. Foi localizada apenas parte da carcaça dela.

Jouty afirmou que essas informações serão fundamentais para identificar as razões que levaram o avião a perder altitude. Mas adiantou que os técnicos estão convencidos que ele estava em grande velocidade quando se chocou com as rochas.

A constatação deriva da análise do grau de fracionamento das partes do avião. Os pedaços encontrados até agora são menores que um automóvel de passeio. Isso indica que o choque foi com grande violência. Nenhum corpo foi achado.

Presidente da França anuncia que segunda caixa-preta foi encontrada

Destroços do Airbus da Germanwings são vistos na área de buscas%2C nos Alpes da FrançaEFE

Segunda caixa-preta

O presidente da França, François Hollande, anunciou nesta quarta-feira que foi encontrada a carcaça da segunda caixa-preta do avião Airbus A320 que caiu nos Alpes, mas não o seu conteúdo, que continua sendo procurado. Em discurso feito conjuntamente aos chefes de governo de Espanha, Mariano Rajoy, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, Hollande prometeu que as circunstâncias do acidente serão esclarecidas e divulgadas.

Queda de avião matou cidadãos de ao menos 16 países

O presidente da companhia aérea Germanwings, Thomas Winkelmann, afirmou nesta quarta-feira que dos 150 passageiros a bordo do avião, 72 eram alemães e 35 espanhóis. Winkelmann ressaltou, no entanto, que algumas vítimas têm dupla cidadania, o que pode alterar a lista de nacionalidades dos passageiros do acidente. Já em Madri, as autoridades locais disseram que 49 espanhóis morreram na queda, segundo números do secretário de Estado de Segurança, Francisco Martínez. O funcionário, no entanto, explicou que os dados eram "provisórios."

O voo levava ainda um passageiro britânico, um australiano, um marroquino, um holandês, um colombiano, um mexicano, um japonês, um dinamarquês, um belga e um israelense, assim como dois passageiros argentinos, dois iranianos, dois venezuelanos e dois americanos.

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