Por tamara.coimbra

Quênia - Pelo menos 15 pessoas morreram nesta quinta-feira em um ataque de militantes islâmico a uma universidade perto da fronteira do Quênia com a Somália, fazendo estudantes cristãos de reféns e enfrentando as forças de segurança por várias horas. Policiais e militares cercaram e isolaram a Universidade Garissa e estavam tentando expulsar os agressores armados, afirmou em comunicado o chefe da polícia do Quênia, Joseph Boinet.

O grupo militantes somali Al Shabaab, que tem ligação com a Al Qaeda, assumiu a autoria do ataque e disse que mantinha vários reféns cristãos.

"Nós separamos as pessoas e liberamos os muçulmanos", disse à Reuters o xeique Abdiasis Abu Musab, porta-voz das operações militares do Al Shabaab. "Continua o combate dentro da universidade".

De acordo com o chefe de polícia Boinet, os agressores atiraram "indiscriminadamente dentro do complexo universitário".

Foto tirada com um celular mostra as forças de defesa do Quênia se movendo atrás de uma moita em GarissaReuters

Um policial no local do ataque disse que pelo menos 15 pessoas morreram, enquanto a Cruz Vermelha disse que 50 estudantes foram libertados.

De acordo com a Efe, até as 6h30, pelo menos dois agentes de segurança haviam morrido no ataque, enquanto 30 pessoas teriam ficado feridas, algumas delas em estado grave, segundo a Cruz Vermelha.

O ataque começou por volta das 5h30 (horário local, 23h30 desta quarta-feira de Brasília), quando os atiradores entraram no recinto universitário e começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos. Os atiradores conseguiram entrar nas residências do campus após enfrentar-se em um tiroteio com os policiais que protegiam a entrada desta área, explicou o inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, que se encontra no local.

As Forças de Defesa do Quênia e a polícia, que efetuam uma ação conjunta no terreno, conseguiram evacuar três dos edifícios onde se alojam os universitários. No entanto, o grupo armado se entrincheirou em outro dos prédios, onde tomaram como reféns um número indeterminado de estudantes.

Algumas testemunhas relataram ao jornal queniano "The Standard" que os atiradores entraram no campus quando os estudantes se preparavam para realizar as orações matutinas.

Desde que em outubro de 2011 o exército queniano entrou na Somália para combater o Al Shabab, o país foi alvo de constantes atentados terroristas, o mais grave deles no shopping Westgate, ocorrido em 2013 e no qual morreram pelo menos 67 pessoas.

Com informações da EFE e da Reuters

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