Por tamara.coimbra

Nepal - O número de vítimas do terremoto de 7,8 graus que atingiu o Nepal no último sábado já passa de 3.700, além dos milhares de feridos e uma quantidade imprecisa de desaparecidos. O Ministério do Interior informou, nesta segunda-feira, que o número de mortos aumentou para 3.723. Não há um informe atualizado de feridos em relação ao registro anterior, que era de 6.535, segundo a imprensa local.

Um funcionário do Ministério do Interior disse que as autoridades não têm conseguido fazer contato com algumas das áreas mais afetadas no país montanhoso, e que o número total de mortos pode chegar a até 5.000.

Homem chora ao passar por estátua de Buda perto de local onde grupo tenta resgatar corpos%2C no Nepal Reuters

Pelo menos 18 vítimas fatais foram atingidas por uma avalanche no Everest. Outras 61 pessoas foram mortas na vizinha Índia, e a China relatou 20 corpos encontrados no Tibete.

Dois dias após o desastre, as equipes de resgate ainda lutam para chegar até as aldeias mais vulneráveis, situadas nas montanhas do país. Relatórios recebidos até agora por grupos de ajuda sugerem que muitas comunidades no cume das elevações estão devastadas.

De acordo com Matt Darvas, membro do grupo de ajuda World Vision, é provável que muitas dessas comunidades só poderão ser acessadas com a ajuda helicópteros. "Aldeias como estas são rotineiramente afetada por deslizamentos de terra. Não é incomum aldeias de 200, 300, até 1.000 pessoas serem completamente enterradas por quedas de rochas", disse Darvas.

Homem é resgatado com vida dois dias após terremoto

Uma equipe de resgate da Turquia retirou um homem vivo nesta segunda-feira dos escombros de um prédio destruído após o terremoto do último sábado em Katmandu, no Nepal. A condição de saúde do rapaz, que estava sob os escombros desde sábado, não foi divulgada, mas ele parecia estar consciente quando foi retirado. O resgate ocorreu na área de Sitapayala.

Homem resgatado com vida sob os escombrosReprodução Internet

Ajuda internacional

As primeiras nações que manifestaram apoio ao Nepal foram Índia, China e Paquistão. Outros países que enviaram ajuda neste domingo foram os Estados Unidos, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Polônia, Itália, Israel e Cingapura.

Um avião militar americano deixou Base Aérea de Dover, em Delaware, para o Nepal transportando 70 pessoas — incluindo uma equipe especializada em desastres e assistência a resposta e uma equipe de busca e salvamento urbano — e 45 toneladas de carga, informou o Pentágono.

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A Nova Zelândia enviou 37 profissionais, dentre eles especialistas em busca e salvamento em área urbana, em resgates de cascalho-estacas bem como engenheiros estruturais, um médicos e paramédicos. A Nova Zelândia também enviou uma ajuda em dinheiro no valor de 1 milhão de dólares da Nova Zelândia (761 mil dólares) para o esforço de socorro.

A Alemanha afirmou que uma equipe de 52 pessoas, incluindo médicos e especialistas em busca e resgate, além de diversos cachorros treinados, já estão a caminho do Nepal, trazendo consigo um centro médico móvel.

Os Emirados Árabes Unidos também enviaram uma equipe de busca e resgate de 88 pessoas para o Nepal neste domingo e o Crescente Vermelho dos Emirados também enviou uma equipe. O Exército de Israel afirmou que enviou uma missão com 260 pessoas, incluindo 122 médicos, para Katmandu para prover ajuda médica e também uma equipe de busca e resgate.

A França afirmou que vai enviar 11 pessoas; a Inglaterra anunciou o um pacote de ajuda de US$ 7,6 milhões, além de uma equipe de resgate de oito pessoas. A Austrália enviou uma equipe de nove pessoas que devem ajudar a estabelecer a segurança e bem estar dos australianos atualmente desaparecidas.

Moradores deixam capital do Nepal com medo de tremores secundários

Milhares de nepaleses começaram a deixar a capital Katmandu nesta segunda-feira, com o medo espalhado pela cidade após dois dias de tremores secundários e mediante a escassez de água e comida após o terremoto que matou mais de 3.700 pessoas.

As estradas de saída de Katmandu ficaram lotadas de pessoas, algumas carregando bebês no colo. Muitas tentavam subir em ônibus ou conseguir caronas em carros e caminhões para as planícies.

Com informações do iG, da EFE e da Reuters

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