Por paulo.gomes
Cafeína propicia uma melhor circulação sanguínea%2C afirma médicoIstock

Rio - O café pode melhorar o desempenho sexual de homens: aqueles que bebem de duas a três xícaras por dia (85 a 170 miligramas de cafeína) têm 42% menos chances de sofrer de disfunção erétil. A descoberta é de uma pesquisa da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, que realizou testes com mais de 3,7 mil homens acima dos 20 anos. Outras bebidas que contêm cafeína, como chá ou refrigerantes, também podem ajudar. Cerca de 25 milhões de brasileiros acima de 40 anos sofrem com o problema.

“A cafeína propicia uma melhora na circulação do sangue e um relaxamento muscular”, explica o médico Antônio de Moraes Jr., chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia. Apesar de reconhecer a validade da teoria, Moraes acredita que o resultado da pesquisa precisa ser consolidado. “Não significa que o paciente, tomando bebidas com cafeína, não precise de nenhum medicamento”, alerta.

Para o urologista, o primeiro passo é saber a causa da disfunção erétil. “Pode ser orgânica, psicogênica ou mista”, afirma. As causas orgânicas podem estar ligadas ao uso de algum remédio, à queda de hormônios e ao diabetes, entre outras. Já a psicogênica está relacionada a questões como a depressão. “É aquele paciente que está com algum problema que afeta seu lado emocional”, destaca Moraes. A mista, por fim, reúne aspectos das duas anteriores.

Os diabéticos são o principal grupo de risco. “Acredita-se que têm as artérias mais endurecidas”, explica o urologista. Fumantes, alcoólatras, obesos e hipertensos também têm mais chances de ter a disfunção.

O tratamento também é feito de três formas, de acordo com a gravidade: por via oral, drogas injetáveis no pênis ou uso de prótese peniana. Segundo o urologista, o Viagra, um dos medicamentos orais, é uma ‘revolução’. “Antes não tínhamos o que fazer. Hoje temos melhora em 80% dos pacientes”, relata. Moraes descarta ainda a ideia de que outros alimentos possam facilitar a ereção. “É tudo folclore”, afirma.

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