Por bferreira

Áustria - Um garoto de 14 anos foi condenado a dois anos de prisão na Áustria por ter baixado planos para fazer bombas em seu console de videogame Playstation conectado à internet. Ele se declarou culpado das acusações de terrorismo num tribunal de Viena, ontem. Além de pesquisar como fabricar explosivo, o adolescente entrou em contato com pessoas que apoiam o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria e que tinham planos para realizar atentado num das maiores estações ferroviárias do país, segundo promotores.

O jovem é cidadão turco, mas vive desde os 8 anos na Áustria. Ele passará pelo menos oito meses em regime fechado num centro de detenção juvenil e só poderá sair em liberdade condicional com acompanhamento psicológico. Ele foi denunciado pela escola onde estudava ano passado. Em outubro, passou brevemente por custódia investigativa, sob suspeitas de atividades relacionadas a terrorismo. Depois saiu em liberdade condicional, mas acabou detido pela segunda vez em janeiro.

Mais de 200 pessoas já deixaram a Áustria para se juntar a extremistas no Oriente Médio, das quais 30 foram mortas, e cerca de 70 retornaram, de acordo com o Ministério do Interior.

NEPOTISMO DO TERROR

Terroristas que querem se explodir em missões suicidas estão acusando líderes do EI de facilitar a colocação do nome de parentes e amigos na lista de recrutas para atentados, noticiaram agências internacionais. Artigo divulgado por simpatizantes do EI no Cáucaso do Norte, sob o título de ‘Corrupção no EI’, acusa líderes sauditas no Iraque de atrapalharem o processo geral. As conexões pessoais, diz o texto, seriam a única maneira de conseguir “chegar ao martírio” nos últimos tempos. “Estes sauditas já costuraram tudo. Não deixam ninguém na lista, botam os próprios parentes na frente da fila com suas conexões”, acusa o artigo.

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