Por bferreira

Síria - O grupo fundamentalista Estado Islâmico divulgou ontem pela internet imagens de execuções sumárias, na Síria, de acusados de homossexualismo. Aparecem três jovens torturados e jogados do alto de um prédio diante de multidão formada inclusive por crianças.

Além da execução, os militantes do grupo jihadista, fardados e com fuzis e metralhadoras, incentivam as pessoas a apedrejar os corpos. As imagens, que teriam sido feitas na cidade de Mossul, foram postadas na internet sob o título ‘Em nome de Deus, o Misericordioso’.

As execuções sumárias passaram a ser rotina em Mossul e cidades vizinhas desde que o Estado Islâmico assumiu o controle da região. No mês passado, pelo menos 400 soldados sírios foram executados, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. E na segunda-feira uma mulher acusada de adultério foi apedrejada até a morte.

O avanço do Estado Islâmico, que controla parte da Síria e praticamente todo o território do Iraque, preocupa a coalizão liderada pelos Estados Unidos para combatê-lo. Ontem, o general John Allen, representante americano no grupo, previu que a derrota dos jihadistas vai exigir muito esforço, determinação e tempo. “Vencer a ideologia do grupo pode durar uma geração ou mais”, previu o general.

Também ontem, o vice-secretário de Estado americano, Anthony Blinken, afirmou que, em nove meses, pelo menos 10 mil membros do Estado Islâmico foram mortos em ataques da coalizão na Síria e no Iraque.

E a Interpol divulgou que identificou, entre os soldados do grupo fundamentalista, quatro mil jovens oriundos de sete países europeus. Ontem, um grupo de mães deles fez, em vídeo, pela internet, apelo para que voltem para suas casas.

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