EUA - O comitê de consultas da Food and Drug Administration (FDA, que regulamenta medicamentos e alimentos nos EUA) aprovou nesta quinta-feira a venda da flibanserina, o "viagra feminino". Por 18 votos a favor e seis contra, a entidade deu um parecer favorável ao remédio, mas pediu para a Sprout Pharmaceutical, que produz o medicamento, criar um plano para reduzir os efeitos colaterais, como a fraqueza e a queda de pressão sanguínea. Para ser comercializada, a flibanserina precisará passar por uma última avaliação da FDA, programada para agosto.
Por duas vezes, a entidade não permitiu que o "viagra feminino" fosse comercializado, enfrentando uma chuva de críticas. Algumas associações que defendem os direitos das mulheres e dos produtores de remédios chegaram a lançar uma petição online na qual acusavam a FDA de discriminação.
"[Eles] aprovaram o Viagra e outros 25 medicamentos para ajudar os homens a fazerem sexo e nada para as mulheres. As mulheres esperaram demais. Em 2015, a igualdade de sexos deve ser uma bandeira quando se trata de disfunções sexuais", escreveram as autoras da petição que já tinha recolhido mais de 40 mil assinaturas.
A entidade alegou, nas duas vezes que não permitiu a venda da flibanserina, que havia poucas comprovações de sua eficácia e muitos efeitos colaterais, como sonolência e náuseas. O parecer aprovado pela comissão não é vinculante com a decisão desta quinta, mas é uma grande vitória para associações.