Por bferreira

EUA - A polícia de Minnesota está investigando relatos de ameaça de morte contra o dentista americano Walter Palmer, de 55 anos, que matou o mais famoso leão do Zimbábue próximo de uma reserva de preservação da vida selvagem. A caça desastrosa gerou uma tempestade global de mensagens de ódio nas redes sociais e o dentista foi obrigado a apagar a sua página do Facebook e a fechar o seu consultório, em Bloomington, Minnesota.

Leão Cecil tinha 13 anos e era estudado pela renomada Universidade de Oxford%2C na Inglaterra Reprodução Youtube

Ontem, manifestantes se reuniram à tarde do lado de fora do consultório e colocaram vários bichinhos de pelúcia como sinal de protesto em frente à clínica.

Os dois caçadores profissionais que participaram do ‘safári’ compareceram ontem a um tribunal no Zimbábue. Se condenados eles podem pegar 15 anos de cadeia. Palmer poderá responder pelo mesmo crime, de caça ilegal.

Segundo ambientalistas do Zimbábue, o dentista pagou US$ 50 mil (cerca de R$ 170 mil) para matar o leão. Cecil foi atraído para fora do Parque Nacional de Hwange com uma isca e foi ferido com um arco e flecha. Após fugir, o felino foi morto a tiros 40 horas depois pelos caçadores. O leão Cecil foi depois degolado e teve a pele arrancada, segundo a ZCTF.

Palmer admitiu participação na caçada, mas disse que pensava que tudo estava legalizado.

O leão Cecil, de 13 anos, era uma grande atração turística do parque nacional Hwange, o principal do país. O animal também era monitorado por um grupo de pesquisadores.

Mesmos crimes na América

Apesar de declarar “desconhecimento” sobre a área de caça ilegal do leão Cecil, Palmer já respondeu por crimes similares nos Estados Unidos. Em 2006, ele foi condenado a pagar uma multa de US$ 3 mil após ter matado um urso-negro no Estado de Wisconsin. Palmer havia caçado o animal fora de uma região autorizada e chegou a alegar que tinha matado o urso em outra região.

O dentista também tinha um histórico de caça a grandes animais e costumava publicar fotos deles mortos no Facebook, exibindo-os como troféus. Em uma delas, ele posa ao lado de um colega com um leão morto após um dia de caçada.

Temendo pela integridade física de Palmer, a polícia de Bloomington aumentou as patrulhas ao redor do seu consultório.

Você pode gostar