Rio - A menopausa, fase difícil para muitas mulheres, pode ter uma complicação a mais: o ganho de peso. Alterações no corpo feminino, se não forem acompanhadas por uma mudança nos hábitos, podem resultar em quilos a mais anualmente.
Durante a fase reprodutiva, as mulheres produzem em grande quantidade hormônios femininos, o estrogênio e a progesterona, e em menor volume o masculino, a testosterona. Depois da menopausa (marcada a partir de um ano da última menstruação), no entanto, a produção do hormônio feminino termina, continuando apenas a do masculino.
“Esse hormônio interfere no metabolismo da insulina, e a mulher deixa de queimar gordura na velocidade que estava queimando”, alerta Carlos Dale, ginecologista do Instituto Fernandes Figueira e da Clínica Dale.
Outras alterações reforçam o problema. Uma delas é causada por um dos principais sintomas da menopausa, o calor, que interfere no sono. “Se ela tem um sono superficial, não descansa. Acorda cansada, sem disposição, queimando menos calorias”, explica Carlos. O lado psicológico influencia. A falta de hormônios pode levar a doenças como depressão e insônia, que diminuem a vontade de fazer exercícios, e ainda pode aumentar o apetite. “Ela joga a ansiedade em alguma coisa.”
Por isso, mudanças na atividade física e nos hábitos alimentares são importantes para evitar o ganho de peso. “O metabolismo vai ficando mais lento. Precisamos comer menos e queimar mais calorias”, afirma o ginecologista.
Outra opção é utilizar a reposição hormonal. “Ela vai manter o equilíbrio que havia antes”, relata Carlos. Quem já teve um câncer ginecológico (no útero, ovário ou mama) ou tem histórico de trombose, contudo, não pode utilizar esse método.