Vaticano - O papa Francisco lamentou neste domingo a morte de 71 migrantes, cujos corpos foram encontrados na última quinta-feira em um caminhão no Leste da Áustria, e pediu cooperação eficaz para “crimes que ofendem toda a humanidade”.
“Junto-me a toda a Igreja na Áustria, na oração pelas 71 vítimas, entre as quais quatro crianças, encontradas em um caminhão na estrada Budapeste-Viena. Confio cada uma delas à misericórdia de Deus”, declarou o papa.
Francisco lembrou que nos últimos dias numerosos migrantes perderam a vida em "terríveis viagens”.
Em meio a um debate mundial sobre a acolhida a milhões de refugiados e de migrantes, o papa se manifesta contra os movimentos xenófobos (aversão aos estrangeiros), existentes também entre os católicos, e recomenda que todos se mobilizem para os receber.
O apelo é apoiado principalmente na Itália, onde o arcebispo de Turim (no Norte), monsenhor Cesare Nosiglia, pediu nesse sábado (29) a cada paróquia que se responsabilize por cinco refugiados.
Desde a sua eleição em 2013, o papa faz campanha contra a "indiferença mundial” em relação aos imigrantes clandestinos, 107 mil dos quais chegaram à Europa apenas durante o mês de julho.
Vítimas morreram asfixiadas
Autópsias feitas em 16 dos 71 corpos de refugiados indicaram que os imigrantes morreram asfixiados, disse neste domingo a polícia austríaca.
Um bebê e outras três crianças estavam entre os mortos encontrados na carroceria de um caminhão descoberto na quinta-feira na fronteira da Áustria com Hungria onde havia sido abandonado 24 horas antes proveniente da Síria ou do Afeganistão.
A polícia austríaca havia dito antes que o veículo, destinado ao transporte de carne, não possuía ventilação.
Já a polícia húngara disse neste domingo ter prendido um quinto suspeito do transporte, um cidadão búlgaro, suspeito de tráfico de pessoas e com indícios de envolvimento com os corpos de refugiados encontrados no caminhão.
Com informações da Agência Brasil e EFE